“Só não renuncio ao mandato em respeito aos meus eleitores e porque com ele sou mais forte para lutar contra as injustiças”

Essa afirmação foi feita pelo deputado estadual Jeová Campos logo após a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma na Câmara

 

“Estou triste, decepcionado, sem fôlego, sem chão, e só não renuncio ao meu mandato amanhã em respeito aos meus eleitores e também porque como parlamentar terei mais condições de fazer ecoar a minha indignação e lutar para que a democracia seja respeitada e que a vontade popular das urnas prevaleça soberana. Essa forma de fazer política me enoja”, se manifestou essa noite, o deputado estadual Jeová Campos (PSB) logo após o encerramento da votação na Câmara Federal, que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para o parlamentar, esse triste episódio maculou de vez a imagem dos políticos brasileiros. A aprovação do prosseguimento do processo de impeachment, que agora segue para o Senado,  teve 367 votos sim, 137 não, 07 abstenções e duas faltas.

Ao questionar o resultado da votação, o deputado disse ainda que o povo paraibano, após essa lamentável farsa da política brasileira, deve fazer um juízo de valor sobre seus representantes em Brasília, principalmente, sobre os deputados federais Veneziano Vital do Rego, Manoel Júnior, Wilson Filho e Agnaldo Ribeiro. “Veneziano vivia enaltecendo o ex-presidente Lula e depois o governo Dilma e votou a favor do impeachment, Manoel Júnior fez tudo para integrar o governo Dilma, na condição de Ministro da Saúde e como não conseguiu sucesso votou a favor do processo, Wilson Filho, cujo pai e mentor político, era do alto escalão do Banco do Brasil e que sempre foi aliado da presidenta e de Lula, também votou pelo afastamento da presidente e Agnaldo Ribeiro que foi ministro de Dilma e compactuou com o governo também foi a favor do golpe”, destacou Jeová.

Segundo Jeová, o povo paraibano precisa dar uma resposta à altura para os políticos que, com seu voto, atentaram contra a democracia, rasgaram a constituição e abriram a possibilidade de uma presidente sem nada que atentasse contra ela, eleita pelo voto, possa ser cassada. “Os corruptos cassaram uma presidente honesta. Isso é uma situação tão esdruxula, que não tenho palavras para definir minha indignação e desapontamento com a classe política brasileira que, com discursos que mais pareciam piadas, disseram sim ao golpe”, disse Jeová, lembrando que essa foi uma batalha perdida, mas que mantém esperanças de que no Senado essa injustiça seja reparada.

 

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