Profissionais da Asplan visitam laboratório da TOPBIO para buscar dados de como modernizar laboratório da Estação de Camaratuba

A TOPBIO, parceira da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) em tecnologia de multiplicação de microorganismos “On farm” (na fazenda), recebeu, nesta quinta-feira (30), a visita do biólogo e supervisor de produção da Estação de Camaratuba mantida pela Asplan, Roberto Balbino, e do Coordenador do Departamento Técnico da Associação, agrônomo Luis Augusto. Eles foram conhecer as instalações da TOPBIO e ver in loco como o laboratório localizado em Tibáu, no Rio Grande do Norte atua.

O Coordenador do Departamento Técnico da Asplan explica que o objetivo da visita foi buscar subsídios que possam ser aplicados na Estação de Camaratuba, onde a Associação produz o Metarhizium anisopliae para o controle da cigarrinha, e a vespinha para o controle da broca comum. Há alguns anos que pretendemos ampliar nossa produção de microorganismos para servir de matrizes no processo de multiplicação, principalmente, aqueles chamados produtores de crescimento e fomos na TOPBIO, justamente, nos municiar de dados para adaptar a nossa realidade”, disse Luis Augusto.

Ele lembra que a Estação de Camaratuba é referência de produção do Metarhizium, desde 1993. “O insumo biológico Metarhizium é fornecido para nossos associados. E estamos planejando produzir futuramente o fungo Trichoderma e algumas bactérias, tais como, Bacillus spp e Azospirillum, pois temos potencial para diversificar nossa produção”, reiterou Luis.

O biólogo da Estação reforça que a aplicação desses microorganismos ajudam os os canaviais a ficarem mais mais sadios e produtivos. “Isso está evidenciado na literatura em diversos trabalhos científicos. O Trichoderma, por exemplo, induz a resistência da planta a doenças, controla nematoides, bioestimula e ajuda a planta a tolerar estresses abióticos, disponibilza nutrientes no solo e etc”, afirma Roberto Balbino.

De acordo com Singh et al (2010) o uso de Trichoderma aumentou em 27,2%, 65,1% e 44,2% os elementos N, P e K no solo, levando a cana a um incremento de 13,1 t/há. Segundo Scudelleti (2016), a aplicação de Azospirillum em cana na variedade RB 867515 feita via foliar produziu 20 t/há a mais do que a testemunha. “Isso demonstra o quanto é importante aplicarmos esses microorganismos em nossos canaviais”, finalizou Luis, lembrando que a visita foi muito produtiva e enriquecedora.

Sobre a Estação de Camaratuba

Situada na BR 101, próximo à entrada para o município de Mataraca, a Estação Experimental de Camaratuba foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. Entretanto, desde 1989, a Associação assumiu a Estação e buscou novos parceiros para dar continuidade às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas lá. A área possui 220 hectares, sendo 80 deles para o cultivo de cana-semente de variedades promissoras e também uma área de plantação destinada à pesquisa agrícola. Os demais 140 hectares constituem área de preservação ambiental, já que a Estação está localizada em meio a uma reserva de Mata Atlântica. Na Estação ainda existe uma estação meteorológica, onde diariamente, três vezes ao dia, às 9h, 15h, e 21h, os técnicos colhem informações sobre velocidade e posição do vento, temperatura, umidade, pressão atmosférica, evaporação, pluviometria, entre outras e, repassam para o 3º DISME, em Recife. Tudo o que é produzido na Estação é fornecido gratuitamente aos associados da Asplan e vendidos a preços bem acessíveis para o mercado local e regional.

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