A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou através de um vídeo nesta quarta-feira (17), diretamente de Moscou, capital da Rússia, de onde negocia parcerias com empresas russas para garantir fornecimento de fertilizantes, que os produtores rurais poderão contar com o fornecimento das importações do insumo em 2022. A notícia animou o setor, inclusive o segmento da cana-de-açúcar, que estava preocupado com a possível falta de potássio e fosfato para o ano que vem. O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, parabenizou o Governo Federal pela iniciativa, através da ministra, em procurar soluções para o problema que causaria grandes transtornos na agricultura brasileira.
O dirigente da Asplan disse que é importante que o Brasil seja proativo nessa questão e se adiante para que o país não sofra com a falta de oferta dos produtos. “Muito bom ver que o Brasil está se articulando para evitar problemas de fornecimento, já que somos tão dependentes de vários países no que se refere à importação de fertilizantes”, disse José Inácio. Ele destaca que o Brasil poderia produzir seu próprio insumo. “Cerca de 85% dos insumos aqui são importados. A gente tem capacidade para produzir e ser autossuficiente também nessa questão. Essa situação nos mostra que não podemos ficar nas mãos dos outros”, explicou ele.
Vale lembrar que o Brasil, que é um grande importador de fertilizantes, já observa um aumento nos custos de sua produção agrícola em função dos preços mais altos de matérias-primas, do câmbio e ainda com a oferta do insumo. Tudo isso, ligado a um contexto econômico internacional de envolve a crise energética na China, que caba de reduzir a sua produção de insumos, bem como a crise na Bielorrússia (um dos maiores fornecedores do insumo para o Brasil), que pode sofrer sanção econômica da União Europeia no início de dezembro. “Isso tem deixado os produtores rurais brasileiros aflitos com a possibilidade de uma crise na produção agrícola no país, mas, ao escutar a fala da ministra Tereza Cristina ficamos mais aliviados e tranquilos”, finalizou José Inácio.