“A Lava-Jato foi e continua sendo o maior esquema politiqueiro e golpe eleitoreiro já visto. Agora, o alvo da Operação, que ajudou a eleger Bolsonaro, é Cid e Ciro Gomes, este último pré-candidato à Presidência da República. A Polícia Federal não pode ser usada como arma contra adversários políticos de Bolsonaro”. Essa afirmação partiu do deputado estadual paraibano Jeová Campos que, na manhã nesta quinta-feira (16), se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (15) contra supostos desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, no Ceará. Para Jeová, a estratégia do atual presidente é ganhar palanque no Ceará, às vésperas de ano eleitoral, onde Lula e Ciro são fortes e enfraquecem a pretensão de reeleição do atual presidente.
Vale destacar que a PF está cumprindo 14 mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça, tendo entre os alvos os irmãos Ciro Gomes, pré-candidato a presidente, e o senador Cid Gomes, ambos do PDT. Segundo uma nota da polícia, as suspeitas são de “fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras” no estádio, entre os anos de 2010 e 2013. “Por que somente agora, decorridos tanto tempo essa operação foi deflagrada”, questiona Jeová.
Sobre esse espaço de tempo (há 10 anos), indaga o parlamentar, o próprio Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) opinou contra o mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Colosseum, que deflagrou investigações tendo como alvos os irmãos Ciro e Cid Gomes, pré-candidato à presidência e senador, respectivamente. O MPF, no entanto, se posicionou a favor das quebras de sigilos. “De toda forma, essa operação beneficia o presidente Jair Bolsonaro. É preciso lembrar que a Polícia Federal é um órgão do Estado brasileiro. Cid e Ciro estão sendo vitimas da lava-jato e de uma perseguição feita por Bolsonaro. Ai não se está buscando Justiça, mas tentando macular a imagem deles para prejudicá-los em suas pretensões eleitorais”, reitera Jeová Campos.