“A decisão do plenário do STF merece nosso aplauso, mesmo que tardiamente tenha reconhecido que o então juiz Sérgio Moro era suspeito, parcial, quebrou o devido processo legal, agiu com sentimento de vingança, que atuou para ofender e prejudicar o ex-presidente Lula, tirar sua liberdade durante mais de 500 dias, impediu dele ir ao velório de seu irmão, impediu de viver a vida com liberdade. Tudo isso foi feito por Moro e o STF não reagiu, mas agora reconhece que o ex-juiz foi carrasco e algoz contra o ex-presidente. O lugar de Sérgio Moro é na cadeira e de Lula de volta à Presidência”, disse hoje (23) o deputado estadual paraibano Jeová Campos. Ele se referiu à decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve decisão da 2ª Turma que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso “triplex do Guarujá”.
Mesmo que tardia, segundo Jeová, a decisão tem um valor histórico, que é o de reparar o sistema de Justiça, que é recuperar a Justiça Brasileira a credibilidade. “O direito natural de qualquer cidadão é ser julgado por um juiz que seja imparcial, que não tenha paixão, nem sentimento, que julgue de acordo com a Lei e com os fatos que depois seja competente, e não uma incompetência forjada descaradamente e feita por Sérgio Moro”, enfatizou o deputado paraibano que também é advogado.
Ainda segundo Jeová, Sérgio Moro agora deve responder pelos atos injustos que cometeu contra Lula. “Sem dúvida alguma, o lugar de Sérgio Moro é na cadeia e o de Lula de volta a presidência já que com a decisão os direitos políticos do ex-presidente estão mantidos e nada impede que ele concorra na eleição de 2022”, finalizou Jeová.
Sobre a decisão do STF
Por 7 votos a 2, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão da 2ª Turma que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso “triplex do Guarujá”. Vale lembrar que a sessão desta quinta-feira (22) do Pleno não julgou a suspeição de Moro em si, mas se o julgamento da atuação de ex-ministro da Justiça poderia ter acontecido de fato na 2ª Turma da Corte ou se a ação teria perdido validade com a anulação das condenações de Lula pelo ministro Edson Fachin, em março deste ano, que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar as ações envolvendo o ex-presidente.