“O Brasil consegue produzir e preservar ao mesmo tempo. O setor agropecuário utiliza apenas 30,2% do território para produção de alimentos. Além disso, 33,2% das áreas com preservação vegetal estão nas propriedades rurais. Isso demonstra o comprometimento do produtor rural brasileiro”. Essa fala do diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, durante um dos painéis do Global Agribusiness Fórum, retrata o perfil do agro nacional. Ele foi um dos expositores no painel “O agro que produz e preserva”. O debate, mediado pelo chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, foi assistido pelo 1º vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Pedro Neto, que representou a entidade canavieira paraibana no evento, realizado em São Paulo, nos últimos dias 25 e 26.
Pedro Neto lembra que o palestrante mostrou que apenas 7,6% do território brasileiro é usado para agricultura, com 36 milhões de hectares com o Sistema Plantio Direto e 17 milhões de hectares com a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. “Temos ainda um enorme potencial para crescer e sem dúvida alguma o Brasil, que já ocupa uma posição destaque na produção de alimentos para o mundo, tem tudo para se tornar protagonista e o grande referencial neste aspecto nos próximos anos”, argumenta Pedro Neto.
Segundo o dirigente canavieiro, o Brasil está no caminho certo para aprimorar questões que o mundo exige em relação à sustentabilidade. “Nosso código florestal é um dos mais avançados do mundo, a política de biodiversidade também, há um estímulo à produção de biocombustíveis e iniciativas como a do Renovabio, que se propõe a diminuir a emissão de gases do efeito estufa, inclusive estimulando o setor produtivo com recebíveis a partir desta iniciativa, e ainda temos conhecimento, técnica, terra em abundância, água, clima favorável e tecnologia. O Brasil será uma Arábia Saudita dos alimentos”, afirma Pedro Neto.
Sobre o evento, Pedro Neto disse que voltou ainda mais motivado. “Quando a gente vê tantas iniciativas de sucesso, reconhece a pujança do agronegócio nacional, vê a disponibilidade de tecnologia para ajudar a melhorar a produção, tem políticas públicas que fomentam e estimulam o setor e isso nos motiva ainda mais. Não é fácil produzir, mas fazemos isso com muito orgulho”, finaliza Pedro Neto.