“Me inquieta muito ver o canal Acauã-Araçagi parado há três anos, ver as águas do Rio São Francisco passando pelo Rio Piranhas para ir irrigar bananais no Rio Grande do Norte e não ter um pé de coentro plantado às margens do Rio Piranhas, Eu gostaria de ver um debate político onde se trate da energia renovável distribuída, dando ao produtor sertanejo, que tenha dois hectares de terra, a chance de ter seu financiamento de energia e não ver apenas os recursos do BNDES destinado para as grandes corporações. Eu queria ver um debate sobre a estruturação do turismo na região Norte da Paraíba porque a região Sul já está consolidada. Essas inquietações e tantas outras precisam ocupar lugar de destaque nestes debates. As intrigas não deveriam ser o foco. A Paraíba quer um governador que enfrente essas questões e ele será Veneziano”, disse hoje (9), o deputado estadual Jeová Campos, durante entrevista aos repórteres do Comitê de Imprensa da ALPB.
Para o parlamentar, que integra a chapa majoritária ao Senado como primeiro suplente de Ricardo Coutinho, outras questões tais como o enfrentamento desta crise nacional, a otimização do funcionamento da máquina pública, a luta pelo fim do orçamento secreto e a questão do orçamento regional são debates interessantes e que precisam ser pautados pelos candidatos. “A Fome, o desemprego, a carestia, o preço dos combustíveis, do gás de cozinha, tudo isso atinge a população diretamente e esse debate é o que me interessa e também as pessoas. Tenho uma inquietude e uma irresignação profunda quanto à situação do país. O Brasil é o maior produtor de proteína animal do mundo e 1/3 da população brasileira não tem condições de comer carne, nem de comer bem”, lamentou Jeová.
Ele lembrou que a fome foi plantada neste governo. “Esse aumento da pobreza começou com Michel Temer e se aprofundou no governo Bolsonaro. A concentração da riqueza e a retirada de recursos dos mais pobres foi nestes dois governos, quando 30% da riqueza que estava nas mãos dos mais pobres foi transferida para os mais ricos, os banqueiros, principalmente, tudo isso depois do golpe que tirou Dilma da presidência. Ai eu pergunto, por que o presidente esperou tanto tempo para ajudar os pobres e somente às vésperas das eleições decide aumentar o auxílio? Por que que ele só queria três meses do auxílio no começo da pandemia, e somente agora aumenta o valor? Se houvesse uma política permanente de ajuda, se houvesse um socorro àqueles que estavam padecendo com o desemprego, nós não estaríamos de volta ao mapa da fome e nem viveríamos hoje em um país rico, dentro de um país pobre como bem disse o humorista Jô Soares, reiterou o parlamentar.
Sobre a escolha de seu nome para compor a chapa de RC, Jeová disse que ficou muito feliz. “Me honra muito ter sido escolhido pelo meu partido para compor a chapa majoritária na condição de primeiro suplente do Senador Ricardo Coutinho. E assumi a missão de primeiro suplente para tratar de questões urgentes e importantes de combate à tirania deste atual governo e vou apresentar ao futuro senador Ricardo Coutinho a proposta do fim do orçamento secreto, a implantação do orçamento regional para realização de obras importantes locais, a revisão da reforma trabalhista, que tirou direitos dos trabalhadores, tratar da dívida pública com a revisão da questão dos juros da Fazenda Nacional com os bancos, recuperar a Petrobras para os brasileiros. Paulo Guedes está tirando dos pobres para concentrar nas mãos dos ricos. Essas são as razões para eu aceitar essa nova luta de ser primeiro suplente de Ricardo Coutinho”, disse Jeová, finalizando seu discurso destacando que: “Quem anda com Deus não pode aceitar a fome, a miséria, a carestia, a destruição da pessoa humana”.