Retrocesso da economia, sofrimento do trabalhador e atentado aos Direitos Sociais preconizados pela Constituição Federal de 1988. Foi assim que o deputado estadual Jeová Campos recebeu esta semana a notícia do reajuste do salário mínimo baseado no índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que foi de 10,16%. Jeová afirmou que o reajuste é pífio e já era esperado que o piso nacional ficasse abaixo da inflação já que o governo nunca traz dados que mostrem a realidade. “Este é o terceiro ano consecutivo que o salário mínimo não tem aumento real. Esse é o resultado de um governo que não atende às necessidades do povo brasileiro”, comentou.
Jeová lembrou que, independente das justificativas do governo Bolsonaro e seus Ministérios, a Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, coloca o salário mínimo como um valor que cubra as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, e que com o Governo Lula esse direito era garantido. “Sabemos que entre os anos 1970 e 1990, a inflação era altíssima e o poder de compra do salário era mínimo. Mas, existiram governos, como o de Lula, que a partir de 2003 deu o pontapé inicial e concedeu aumentos reais gradativos para que se cumprisse o direito constitucional aliado à ações e programas sociais. Mas, em 2019 isso acabou com a chegada de Bolsonaro”, explicou o deputado.
Vale lembrar que o salário mínimo para 2022 será de R$ 1.210,00. O número representa um aumento de 10,02% em relação aos R$ 1.100 vigentes em 2021. Nesta terça-feira (11), porém, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que o INPC de 2021 foi de 10,16%. Pela metodologia adotada pelo governo, o salário mínimo de 2022 deveria ser de 1.213,54.
“No governo Lula, o salário valorizado girava a economia, gerava emprego e renda e junto com o programas sociais dava uma vida digna para o brasiliro de pouca renda. O dinheiro chegava ao trabalhador e se transformava em consumo das famílias. Isso abastecia o comércio e mantinha a indústria fornecendo”, ressaltou Jeová Campos, frisando que o último ano que a lei de valorização do salário mínimo foi renovada foi em 2015 para exercício até 2019. “Agora é tudo retrocesso e sofrimento. O país é um desastre econômico e quem mais sofre é o trabalhador”, finaliza o parlamentar lembrando que, este ano, a população brasileira haverá de dar uma resposta à altura de tantos desmandos.