“Hoje, em Cajazeiras, estamos vivendo um momento bastante sensível no que diz respeito ao atendimento às crianças. E qual é o problema? É o reduzido número de pediatras de plantão, por causa do afastamento de alguns profissionais por conta do Covid e por outros motivos, mas, o fato é que por conta disso estão querendo reduzir o atendimento à população e acabar com o pronto-atendimento. Sinceramente, isso é um retrocesso profundo que prejudicará as crianças de Cajazeiras e região”, disse hoje (08) o deputado estadual Jeová Campos, durante sessão da ALPB.
O parlamentar disse que ao deixar de ser uma unidade de portas abertas, mesmo que momentaneamente, a saúde infantil de Cajazeiras voltará aos velhos tempos. “Vamos retroceder ao tempo em que nossas crianças não tinham esse atendimento e que precisavam se deslocar para unidades de outras cidades para serem atendidas. Isso não tem sentido”, reiterou Jeová, destacando que sua fala não era nenhuma crítica ao reitor da UFCG, Antônio Fernandes, mas o relato de uma situação preocupante. “Tenho admiração e respeito por Antônio, mas não posso me calar diante desta situação. Estou colocando o problema aqui e também o meu mandato para juntos encontrarmos uma solução para que o hospital universitário não deixe de atender como hospital de portas abertas, porque se fecharmos essa porta estaremos comprometendo a saúde das crianças do sertão da Paraíba”, disse Jeová, sugerindo a contratação emergencial de profissionais para assegurar esse serviço.
O parlamentar lembrou que o Hospital Infantil Júlio Maria Bandeiro de Melo foi criado em 1971, inicialmente, como uma fundação mantida pelo antigo INPS e que apesar de todas as limitações técnicas, o hospital tinha à frente um homem generoso, de coração cristão que fazia do sacerdócio da Medicina a sua vida. “Dr. Júlio Maria Bandeiro de Melo criou o hospital das crianças de Cajazeiras, que passou por muitas dificuldades até a chegada da UFCG, que fez a incorporação da unidade, o transformado em hospital federal e sendo um hospital federal pôde ter um atendimento mais qualificado”, finalizou Jeová.