Jeová Campos lembra tragédias da ditadura e diz que Brasil não pode voltar aos tempos da tortura e falta de liberdade

Parlamentar usou a tribuna da ALPB nesta quarta-feira (30) para defender o Estado Democrático de Direito, a governabilidade e a Constituição Federal

 

            “Amanhã, dia 31, se completa 52 anos de um dos piores momentos da história política deste país, o tempo das trevas, da escuridão, o tempo em que a Imprensa não podia falar, o tempo que a liberdade de pensamento era tolhida, o tempo que muitas vidas foram ceifadas, de tortura e mortes, quando as pessoas sequer tiveram o direito de sepultar seus entes queridos que foram torturados. E essa tragédia começou com esse mesmo discurso anticorrupção dos tempos atuais, com os mesmos interesses dos paladinos da moralidade de outrora”, disse Jeová Campos, durante o pequeno expediente desta quarta-feira (30).

Jeová fez uma retrospectiva histórica, fazendo um contraponto do que aconteceu com João Goulart comparando-o com a atual situação do país. “A mesma conjuntura que nós vivemos em 1964, quando João Goulart foi deposto, estamos vivenciando agora. João Goulart era um homem do povo. Quem é Lula, um homem do povo. Os algozes de hoje são aqueles mesmo que há oito anos viviam chamando Lula de ‘papai dos pobres’. Quantas vezes Veneziano Vital do Rego não ia atrás de Lula com aquelas cabeleiras se balançando para dizer a Lula que ele era o maior amor da vida dele. E hoje, Lula é um bandido que tem que estar preso preventivamente? Tem que estar preso sem o direito de se defender? Não pode exercer um cargo de destaque na República brasileira?”, questionou Jeová.

Para o parlamentar, o que está em jogo é a tentativa de derrubar um projeto político que redirecionou as ações governamentais em prol da maioria da população brasileira, especialmente os mais carentes que se contrapõe aos interesses de uma elite dominante. “O que está em jogo é um projeto contra outro. O projeto da elite que não quer mais dinheiro para o Bolsa Família, para o Minha Casa Minha Vida, é contra o Mais Médicos, o Pronatec, que discrimina ações voltadas para os negros, os quilombolas e as minorias. Esse governo que tirou 40 milhões de brasileiros da miséria não interessa a essa gente que defende o golpe”, declarou Jeová.

O parlamentar aproveitou para convidar a população para participar de um ato político/cultural, nesta quinta-feira (31), que vai reunir artistas em várias cidades paraibanas para se contrapor a esse movimento golpistas, que é contra a democracia, contra o Estado Democrático de Direito e contra os princípios fundamentais dos direitos das pessoas humanas, que é o direito de viver com decência.

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