Como grande defensor da Educação, bem como do desenvolvimento de ciência e tecnologia na Paraíba, o deputado estadual Jeová Campos (PSB), apoiou o protesto desta quarta-feira (15) contra o contingenciamento de 30% da verba federal direcionada à Educação. De acordo com o parlamentar, um país não pode avançar no que se refere à qualidade de vida se não investir em ciência e tecnologia, de modo que a decisão do MEC, em sua opinião, representa um retrocesso para o Brasil. “Não podemos ficar inertes diante de tal barbaridade”, disse Jeová.
Nesta quarta-feira, professores, alunos e servidores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), bem como de escolas municipais da capital paraibana e estaduais, paralisaram suas atividades e foram às ruas mostrar insatisfação a respeito do bloqueio de recursos anunciado pelo MEC em abril. A decisão, segundo Jeová, afeta e, muito, a dinâmica da UFPB , que é um celeiro do ponto de vista da pesquisa.
“Temos uma Universidade forte, com excelentes profissionais que despontam no mundo com o nome de nosso estado e colocam a instituição nas melhores posições em rankings diversos. Na instalação da Frente Parlamentar da Ciência, Tecnologia e Inovação da Assembleia, recebemos o pró-reitor da UFPB que, na ocasião, nos mostrou que a nossa Universidade ocupa a 12º posição na América do Sul e a 8ª posição no Brasil em produção de pesquisa, além de sermos a quarta instituição de maior produção de patentes no país. Não se pode cortar isso!”, desabafou o deputado.
Para Jeová, não há como avançar na economia e em outros aspectos relacionados à qualidade de vida se não tiver investimento em educação. “Voltamos ao velho debate de sempre. Educação é o que muda um país. Precisamos tornar este país e a Paraíba, mais produtivos, que faça inclusão de jovens no mercado de trabalho e que se incentive também a juventude a entrar para o campo da pesquisa e não o contrário como se está fazendo”, disse Jeová, acostando-se aos protestos.
Segundo divulgação do governo federal, o que motivou o contingenciamento de 30% das verbas para Universidades e Institutos Federais foi a queda na arrecadação. O bloqueio poderá ser reavaliado, posteriormente, segundo o MEC caso a arrecadação volte a subir. A contenção desses recursos é para despesas não obrigatórias, que incluem gastos com contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.