Vinte alunos do Campus I, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estudantes do curso de Tecnologia Açucareira, conheceram o trabalho de produção de insumos biológicos na Estação Experimental de Camaratuba, que é mantida pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), através de convênios com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP). A visita, que aconteceu no dia 24 de maio, foi monitorada pela professora Márcia, com acompanhamento do Engenheiro Agrônomo e coordenador do Departamento Técnico (DETEC) da Asplan e da Estação, Vamberto Rocha.
De acordo com Vamberto Rocha, na oportunidade foram apresentados ao grupo, inicialmente os laboratórios que produzem em larga escala, Cotesia flavipes (Vespas) e Metarhizium anisopliae (Fungos), que são referência no Nordeste no controle biológico de pragas dos canaviais, tais como a broca-comum (Diatraea spp.) e a cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata). Já o biólogo Roberto Balbino mostrou aos estudantes todos os setores da estação e o fluxograma de produção dos laboratórios de Matharhizium e Cotesia, assim como os métodos de levantamento e liberação no campo destes dois controladores biológicos.
Também em maio, no dia 11, estudante de graduação do curso de Agronomia, do Campus de Areia, acompanhados do professor Jacinto, conheceram a estação, com foco na área de cultivo de cana-semente de variedades promissoras e de plantação destinada à pesquisa agrícola. Segundo Vamberto, as visitas de estudantes acontecem, frequentemente, na Estação, que desenvolve um trabalho de excelência na produção de insumos biológicos e cana-semente
Sobre a Estação
Situada na BR 101, próximo à entrada do município de Mataraca, a Estação Experimental de Camaratuba foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. Entretanto, desde 1989, a Asplan assumiu a Estação e buscou novos parceiros para dar continuidade às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas. Atualmente, uma equipe formada por auxiliares técnicos, técnicos de nível médio e superior, trabalha no local. A área possui 220 hectares, sendo 80 deles para o cultivo de cana-semente de variedades promissoras e também uma área de plantação destinada à pesquisa agrícola. Os demais 140 hectares constituem área de preservação ambiental, já que a Estação está localizada em meio a uma reserva de Mata Atlântica. Na Estação ainda existe uma estação meteorológica, onde diariamente, três vezes ao dia, às 9h, 15h, e 21h, os técnicos colhem informações sobre velocidade e posição do vento, temperatura, umidade, pressão atmosférica, evaporação, pluviometria, entre outras e, repassam para o 3º DISME, em Recife.