O espetáculo “Elementais” apresentado na noite desta terça-feira (26), na Praça de Eventos do Mangabeira Shopping, por um grupo de 32 alunos, do colégio Geo Tambaú, encanou o público que foi prestigiar a encenação que faz parte do projeto Geo Artes. Pais, mães, irmãos, avós e avôs, conhecidos e convidados e até os clientes do shopping pararam durante 1h10 para assistir um espetáculo que levou a todos a refletir como está o planeta Terra, quais os impactos do homem sobre ele, como a natureza se comporta e dar respostas diante do descaso e das atitudes de destruição das florestas, da poluição dos rios, da contaminação do solo, do descarte indevido e sobre o descaso das pessoas com sua própria sobrevivência e subsistência.
A professora Rita Spinelli, idealizadora, diretora, coreografa e autora da peça, junto com o diretor geral do Geo Tambaú, Danilo Abdala, abriram a apresentação destacando a iniciativa da escola em estimular os alunos a se expressarem através da arte. “É incrível como os alunos se envolvem na produção da peça, se empenham nos ensaios e encaram o desafio de atuar com muito amor. Essa peça foi uma construção coletiva, dos figurinos ao enredo”, destacou a professora. Danilo lembrou que o Geo Artes existe há 15 anos e está inserido no contexto pedagógico da escola que tem uma propota além da mera grade curricular. “Nossos alunos são estimulados a ampliar horizontes e o Geo Artes é uma dessas possibilidades”, destacou o diretor.
A peça, composta de cinco atos contínuos, com várias apresentações de dança, mostrou cenas que reportavam catástrofes ambientais, a poluição provocada pelo homem, a riqueza das águas, a força da natureza, a importância da preservação para a manutenção da vida no planeta. Em todas as cenas, de forma as vezes alternada, noutras simultânea, o enredo destacava os elementos terra, ar, água e fogo e as respostas dadas por eles em diversas situações. “A proposta foi provocar uma reflexão sobre como a natureza está se comportando diante da falta de cuidado do homem com seu ambiente. De como um incêndio, por exemplo, muda todo um cenário e impacta de forma cruel a vida na terra”, explica a professora Rita.
E foi justamente com essa reflexão que o funcionário público, Daniel Barbosa, morador dos Bancários, que viu a peça por acaso, porque estava lanchando no shopping, voltou para casa depois do espetáculo. “Eu nem ia assistir a encenação, pois não tenho nenhuma ligação com o colégio, mas, logo no início me chamou atenção a apresentação porque focava na questão da poluição e depois eu fui gostando, ficando e assisti até o fim”, disse Daniel, elogiando a iniciativa do Geo em estimular a veia artísticas de seus alunos.
Um detalhe da peça, que chamou bastante atenção, era que em vários momentos do enredo o público escutou trechos de reportagens, que retrataram diversas catástrofes ambientais, no Brasil e no exterior, a exemplo de tsunamis, erupção de vulcões, enchentes e incêndios, que chamam atenção para a interferência do homem na natureza e de como ela dá respostas, na maior parte das vezes, não agradáveis. Se formos sintetizar a mensagem principal da peça seria a de que cedo ou tarde, a natureza nos cobra caro o descaso, a poluição, a contaminação, enfim, que nada fica impune diante do universo. O lado bom é que ainda há tempo de preservar, de manter, de reduzir a poluição, de cuidar dos rios, das matas, do ar que respiramos, enfim, do planeta que habitamos!