É preciso que as pessoas saibam distinguir liberdade de expressão de disseminação de fake news e mensagens de ódio afirma deputado Jeová

“É lamentável que a Justiça tenha que intervir para frear essa avalanche de mentiras, mensagens de ódio e de calúnia que têm sido disseminadas pelas redes sociais e veiculadas em emissoras que são concessão pública e jamais poderiam fugir com a verdade, nem tão pouco se transformar em palanque político eleitoral. Isso não é censura, mas um enfrentamento necessário e oportuno porque disseminação de mentiras, de ataques virulentos a honra de qualquer cidadão e às instituições constituídas não é liberdade de expressão, mas um crime”, afirmou hoje (23), o deputado estadual e advogado, Jeová Campos.
O parlamentar lembra que está se espalhando em forma de fake news a notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) censurou a Jovem Pan. “Isso não procede. A verdadeira decisão do TSE não determina nenhum tipo de censura a Jovem Pan, apenas pede que a emissora apresente sua defesa com relação a acusações de graves e insistentes fake news relacionadas às eleições”, reitera Jeová, disponibilizado o link da ação de investigação judicial eleitoral nº 0601483-41.2022.6.00.0000 interposta pela Coligação Brasil da Esperança que é o https://www.conjur.com.br/dl/investigacao-jovem-pan-decisao.pdf.
“A gravidade no uso indevido dos meios de comunicação, que são concessões públicas, expondo diuturnamente a população a todo tipo de desinformação com a roupagem de ‘jornalismo’, incluindo fake news direcionadas contra o sistema eleitoral,
Ministros do STF e do TSE, candidatos adversários e pessoas a estes ligadas, é um fato muito grave e não pode ser permitido. Não se trata de críticas ao opositor, mas, de mentiras e incitação ao ódio e a intolerância também”, reitera Jeová. O parlamentar lembra ainda que a Jovem Pan tem recebido robustos recursos públicos do governo federal para transmitir publicidade institucional, mas, que na realidade está fazendo propaganda eleitoral para Bolsonaro. “Não podemos esquecer que a Jovem Pan é uma concessionária de serviços públicos que se engajou no ecossistema bolsonarista e passou a ser uma das principais fontes de ‘fake news’ nas eleições de 2022 servido de maneira vil e desonesta a essa estratégia de desinformação durante o presente período eleitoral”, diz Jeová.
Na ação, os advogados da Coligação Brasil da Esperança destacam que a Jovem Pan atacou o STF em 480 episódios, com mais de 5 mil menções em um único programa, entre abril de 2020 e junho de 2022 e, mais recentemente, à integridade do sistema eleitoral e ao TSE (este referido em 2 mil falas divididas em 279 episódios. Sobre Lula, consta nos autos, que ele é também utilizado como cortina de fumaça para o programa ‘Pingos nos Is’ quando algum escândalo de corrupção do governo atual vem à tona. O estudo da Revista Piauí aponta que o programa ‘Pingos nos Is’ explora a estratégia de mídia de reframe, expressão que os especialistas usam para designar meios digitais que reenquadram narrativas por interesse político, sem compromisso com o rigor de uma apuração jornalística, mas mantêm a aparência de jornalismo.
Na petição os advogados ainda mostram que também são constantes as informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação e o papel do TSE como autoridade eleitoral, repetindo-se inverdades como a inauditabilidade das urnas e estimulando-se uma CPI contra o tribunal em razão de Lula ter figurado como primeiro colocado do primeiro turno do pleito de 2022. “O objetivo da Jovem Pan não é contribuir com o processo eleitoral, nem bem informar a opinião pública, ao contrário, além de realizar um pseudo jornalismo, a emissora ainda coloca em suspeição a legitimidade do processo eleitoral, ao veicular notícias inverídicas, e tenta deslegitimar um processo legal e as instituições constituídas, numa ataque insano contra a democracia. Ao invés de informar, ela confunde a opinião pública, ou melhor, desinforma”, finaliza Jeová.

Deputado Jeová Campos explica que não houve censura na decisão do TSE
Deputado Jeová Campos explica que não houve censura na decisão do TSE
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