Uma palestra sobre Neurociência e Educação marcou a abertura e o primeiro dia da Semana Pedagógica do Colégio AZ João Pessoa, nesta segunda-feira (17). Professores de todos os segmentos de ensino da escola participaram do evento que aconteceu no auditório do colégio. A convidada que conduziu o momento foi a neurocientista Cláudia Maria Sedrez Gonzaga, que falou sobre aprendizagem, os mecanismos fisiológicos acionados para tal e como os educadores podem facilitar o processo dentro da sala de aula. A diretora da escola, Verônica Monteiro, deu as boas-vindas aos educadores e refletiu a partir da simbologia do pássaro Tsuru, uma ave sagrada para os japoneses e que significa felicidade, saúde e longevidade, tudo o que o AZ projeta para 2022 e os anos futuros.
“Esse é um momento único que estamos passando. A escolha do pássaro Tsuru não poderia ter sido melhor. É um momento de ressignificação para a escola, é preciso canalizar o pensamento de todos para o desejo de um bom caminho para o sucesso educacional de todos que compõem a nossa escola”, afirmou a diretora geral do AZ João Pessoa,Verônica Monteiro.Verônica encerrou sua fala destacando o importante papel de todos os educadores do AZ nesse momento de ‘fazer acontecer’. “Estamos construindo a nossa escola com autonomia e proatividade mesmo sabendo que temos um ecossistema forte por trás que são as soluções educacionais do grupo SEB. Estamos criando novos projetos pedagógicos e teremos muitas novidades vindo por aí”, reiterou Veronica.
Em seguida, a neurocientista Cláudia Gonzaga iniciou sua palestra. A questão mais importante do momento foi responder diretamente à grande dúvida: por que entre crianças umas aprendem e outras não? Cláudia apresentou todos os mecanismos acionados no cérebro no momento da aula e mostrou que tem alunos, a depender de sua faixa etária, que alcançam melhor a aprendizagem de forma visual e que nem todas as crianças possuem suas funções auditivas ou visuais 100%. Ou seja, nem sempre o problema é cognitivo em si, mas alguma “porta de entrada” falha.
Mas, existem técnicas, segundo ela, para transpor essas situações quando se conhece um pouco da neurociência. “Quanto mais conceitos e mais abstrações a criança fizer, mais aprendizado ela vai ter. Quando dizemos um metro quadrado, para muitas crianças será só uma frase. Muitas chegam à fase adulta assim. Mas, se você traz o conceito e o concreto para mostrar o que é um metro quadrado, ela terá a ideia daquilo”, afirmou a neurocientista.
A professora Luciana Figueiredo, nesse sentido, lembrou de um projeto pedagógico do AZ que está sendo formatado, o ‘Diálogos Pedagógicos’, que na Matemática tem o objetivo, justamente, de trabalhar a formação dos conceitos matemáticos. “Antigamente, os professores confiavam muito na audição e pouco se fazia abstrações. Hoje, a neurocientista nos incentiva, inclusive, a levar esse reforço da abstração para o ensino médio. Gostei muito das orientações”, afirmou a professora.
A programação de formação pedagógica continua durante toda semana com uma pauta diversificada para trabalhar questões da sala de aula e do desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes de todos os segmentos.