Presidente da Asplan, Murilo Paraíso, alerta que se decisão do STF continuar em vigor muitos comércios fecharão e muita gente vai ficar desempregada e passar necessidade no Nordeste
“Não bastasse a seca que castiga o Nordestino sem piedade, agora vem uma decisão do STF proibindo uma prática, no caso as vaquejadas, que gera emprego, renda, movimenta o comércio e faz a alegria do povo do Nordeste. Se essa decisão não for revista, vai fechar muitos comércios na região, desempregar muita gente, tirar o pão da boca do povo e também a alegria, já que a vaquejada, além de gerar renda e emprego, é uma tradição secular da região, que passa de pai para filho. Ela é uma festa popular que precisa ser respeitada e mantida”, afirma o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, que saiu em defesa da manutenção das vaquejadas, agora proibidas de serem realizadas, em função de uma decisão, recente, do Supremo Tribunal Federal.
Ontem (25), em Brasília, criadores de animais, vaqueiros, empresários do comércio que vendem artigos afins, integrantes da cadeia produtiva de produção de selas, rações e medicamentos, além de simpatizantes e defensores da continuidade das vaquejadas, também mostraram sua indignação com a realização de um protesto contrários à decisão do STF. Os defensores da vaquejada na Paraíba também realizaram um ato público em João Pessoa, no último dia 11, para protestar.
O presidente da Asplan lembra que a vaquejada de hoje é bem diferente da de anos atrás e que uma série de mudanças foram adotadas para evitar danos aos animais. “Hoje, se usa o protetor de cauda, a cama de areia onde o animal é derrubado é mais espessa, o cavalo não é mais cortado. Essas mudanças foram adotadas para proteger os animais e já estão em pleno uso, por isso, o argumento de maus-tratos, que motivou a decisão do STF, não tem mais embasamento e precisa ser revista urgentemente”, finaliza Murilo Paraíso, lembrando que a vaquejada gera 700 mil empregos diretos e indiretos.