A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) teve destacada participação na BioCana Conferência, evento realizado no dia 5 de junho, em Recife (PE), com a apresentação do Gerente de Desenvolvimento Agronômico, o Engenheiro Agrônomo, Luis Augusto, sobre a experiência da Associação com o uso de bioinsumos no manejo de pragas de cana-de-açúcar. Além de abordar o contexto histórico da Estação de Camaratuba, onde são produzidos os bioinsumos há mais de três décadas, Luis apresentou dados de eficiência do uso destes controladores biológicos – Metarhizium anisopliae e Cotesia Flavipes.
Em 2024, a Estação mantida pela Asplan produziu 195.342 copos de Flavipes, o equivalente para uma cobertura de 48,8 mil hectares, em campos da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, e 8.750 kg do fungo Metarhizium. “Muito antes deste assunto de insumos biológicos entrar na pauta do dia do setor agrícola e de indústrias produtoras, a Asplan já produzia esse material dando sua contribuição no controle biológico de pragas na cana-de-açúcar desde 1993”, explicou Luis.
Durante sua apresentação, além do histórico da Asplan, que atua na defesa do produtor canavieiro paraibano há mais de seis décadas, Luis apresentou como funciona a Estação de Camaratuba, que é mantida pela Associação e onde são produzidos os insumos biológicos, abordou ainda as pragas mais importantes no país, falou sobre métodos de controle, sobre ciclo biológico, perdas causadas pela Broca da Cana e mostrou os resultados da aplicação dos insumos produzidos pelas fabricas de bioinsumos da Estação.
O mercado de bioinsumos, segundo Luis, só cresce mundialmente, tanto que muitas multinacionais estão entrando neste mercado ou ampliando suas produções, comprando ou fundindo-se com outras empresas que desenvolvem bioinsumos. Dados da CropLife Brasil (CLB), uma associação civil sem fins lucrativos que representa empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a produção agrícola sustentável, apresentados em 2024, atestam que a indústria de produtos biológicos agrícolas comercializou R$ 5 bilhões na safra 2022/2023 com o setor no Brasil registrando uma taxa média anual de crescimento de 21% nos últimos três anos, percentual quatro vezes acima da global.
