Deputado estadual e ex-presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, Jeová chama atenção
para a gravidade da situação hídrica do Nordeste, especialmente da Paraíba
“A chegada dos integrantes da ‘Cavalgada da Redenção’ é uma demonstração do quanto o sertanejo é um forte, de quanto é importante chamar atenção para uma temática crucial para a sobrevivência das pessoas, que é a questão da água, é também um grito desesperado pela conclusão das obras da Transposição, única saída para resolver os problemas críticos da falta de água no Nordeste atualmente”, afirmou o deputado estadual da Paraíba, Jeová Campos (PSB), único político que participou da ação que reuniu cerca de 100 cavaleiros que saíram na última quinta-feira (15) de Cajazeiras (PB) e chegaram ao horto de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, (CE), neste domingo (18).
“A cavalgada teve como foco chamar a atenção das autoridades para a necessidade e urgência da conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco que estão 90% concluídas”, destaca o parlamentar paraibano, que ao recepcionar os vaqueiros que participaram da ação, que percorreu quase 200 km, lembrou que o pouco que falta para a conclusão das obras está parada. “É uma covardia, uma safadeza do atual governo não concluir essa obra no tempo que estava prevista, que era janeiro de 2017”, disse Jeová.
De acordo com o parlamentar, as obras na região de Pernambuco estão paradas desde julho último quando a construtora Mendes Júnior abandonou o projeto e, somente agora, em dezembro, o governo resolveu fazer nova licitação para conclusão daquele trecho. “Ao invés de contratarem, emergencialmente, uma empresa que já estava no local, o governo, mesmo já tendo o aval do TCU para tomar as providências necessárias para a retomada dos serviços, resolver abrir nova licitação, cuja empresa só será escolhida em janeiro, com previsão de retomada dos trabalhos apenas em fevereiro. Vamos ter, somente por isso, um atraso de cerca de dez meses. Os reservatórios chegaram ao nível crítico, as reservas só dão até abril ou o meio do ano se chover razoavelmente. E quem tem sede pode esperar?”, questiona Jeová.
A I “Cavalgada da Redenção” foi uma ação organizada pelo comando do 6º BPM de Cajazeiras, através de seu idealizador o Coronel Cunha e contou com apoio do sindicato Rural de Cajazeiras. Na partida, os cavaleiros foram abençoados pelo Padre Janílson Rolim, na chegada, em Juazeiro, todos buscaram as bênçãos do Padre Cícero. “É preciso ter fé, mas também é preciso mostrar ao governo que o povo tá morrendo de sede, é preciso que os burocratas de Brasília saiam de seus gabinetes e vejam a situação de calamidade das cidades que sofrem com a seca e não tem mais de onde tirar água. A Cavalgada foi um grito de desespero e espero que esse grito ecoe em Brasília, nos gabinetes dos deputados e senadores e dos burocratas que tem o poder de acabar com o sofrimento e flagelo provocado pela estiagem e falta de água, através da conclusão das obras da transposição”, finaliza Jeová.