A homenagem da Câmara Municipal de João Pessoa que outorgou o Título de Cidadão Pessoense ao procurador de Justiça aposentado, Paulo Barbosa de Almeida, nesta quinta-feira (10), teve momentos de muita emoção, a exemplo da condução do homenageado na entrada do Plenário Fernando Paulo Carrilho Milanez, ao lado dos dois filhos e da apresentação da canção ‘Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores’, de Geraldo Vandré, incluída na programação a pedido do homenageado. A solenidade, bastante prestigiada por familiares, amigos, colegas de profissão e autoridades, ainda foi marcada por discursos que reiteraram a ética, competência, probidade e, sobretudo, diferenciais de um profissional que chegou ao grau mais alto de sua carreira, sem esquecer de suas origens, que exerceu seu ofício em todos os cargos que ocupou, com retidão, espírito público e um olhar voltado para os mais humildes.
Coube ao autor da propositura, vereador Bruno Farias, fazer a justificativa da outorga do título e apresentar um breve perfil do homenageado que é natural de Catolé do Rocha, mas, desde a adolescência reside em João Pessoa, onde estudou no Liceu Paraibano, fez Direito na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e depois de formado, atuou como advogado, defensor público geral do Estado, promotor de Justiça, além de subprocurador e corregedor geral do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
O deputado estadual Jeová Campos fez a leitura do texto bíblico que abriu a solenidade e foi uma das autoridades a falar sobre o homenageado. O parlamentar afirmou que desde que começou a acompanhar o trabalho dele no MPPB, que percebeu que Dr. Paulo tinha uma olhar e gestos diferenciados. “Eu estou aqui para dizer que Dr. Paulo incorpora aquela legião das pessoas imprescindíveis, que são pessoas que lutam sempre e eu sinto isso na alma do homenageado que tem um olhar carinhoso sobre Piancó, sobre a escola, sobre a futura universidade, porque ele tanto quanto eu, somos exemplos de que a educação muda o mundo, a realidade das pessoas. Esse título Paulo é o reconhecimento de sua história de vida, é a demonstração de que o que você fez, fez bem feito, é a certeza de que você integra o grupo dos homens imprescindíveis”, destacou Jeová.
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Gervásio Maia Filho e o presidente da Academia Paraibana de Letras, Damião Ramos também falaram sobre o homenageado, enaltecendo a justa distinção. A solenidade contou com as vozes do Coral Antônio Leite de Figueiredo da CMJP, sob a regência da maestrina Socorro Estrela e do preparador vocal e solista Paulo Brasil.
O novo cidadão pessoense fez um discurso que passou por uma breve reflexão do que significava para ele a homenagem, pela alegria de ver tantos amigos na ocasião a lhe prestigiar, pela felicidade de ter uma família nuclear unida, e ainda por uma breve explanação de sua vida e trajetória em todos os órgãos e instituições que atuou. “Quando atuei no MP, como Procurador de Justiça, tinha como atribuição, entre outras, na presidência da Comissão de Combate a Improbidade Administrativa e aos Crimes de Responsabilidade aos Agentes Políticos e no exercício desta missão tornei-me o destinatário de todas as denúncias e de todas as representações e queixas contra aqueles que se desviavam da conduta honesta inerente aos cargos que ocupavam e tive o cuidado de me manter equidistante das partes e nunca me tornar refém ou instrumento das paixões partidárias e de interesses menores em conflito e nunca permiti que o nome de um agente político fosse levado a Imprensa pelo MP enquanto contra ele não houvesse uma ação judicial formalizada e neste sentido repeli todo o assédio dos profissionais de jornalismo que buscavam notícias”, disse o homenageado, numa crítica aos que agem diferente no exercício desta mesma missão a ele confiada.
Sobre o recebimento do Título de Cidadão Pessoense, o homenageado disse que estava consciente da responsabilidade que assumia. “Recebo esse Título menos pela vaidade de ostentá-lo e mais com o firme propósito de corresponder ao gesto de vossas excelências, honrando-o e dignificando-o. A cidadania decorrente da naturalidade em que pesa as obrigações a ela inerentes, é menos onerosa do que aquela conferida por ato do poder legislativo. A primeira é um acidente da natureza, enquanto a segunda representa uma opção daquele que a recebe e um crédito de confiança por parte de quem a confere. E é essa confiança que me impõe, doravante, a responsabilidade e o dever de ser digno dela”, finalizou Paulo Barbosa de Almeida.