O deputado estadual Jeová Campos (PSB) não acredita que a abertura ao diálogo anunciada pelo governo federal em relação a alteração na PEC 287 vá redundar em vantagens que favoreçam os trabalhadores. Para ele, o governo percebeu que sem fazer mudanças, o texto não seria aprovado e sentiu que precisa, de alguma forma, estancar a insatisfação da sociedade que não aceita perder direitos e garantias conquistadas com muitas lutas. “É tudo um jogo estratégico, de se mostrar aberto às mudanças, quando na realidade o que se busca é desarticular os movimentos contra esse pacote de maldades. O povo precisa se mobilizar e pressionar seus representantes a não votarem favorável a proposta. Precisa ocupar Brasília, bater panelas e mostrar sua indignação com esse absurdo”, disse Jeová.
O parlamentar reitera que o Congresso, com sua formação atual, com raras exceções, não tem condição política e moral de fazer mudanças tão estruturais na previdência. “Essa PEC só corta direitos e não aumenta receita. Só penaliza a classe trabalhadora e beneficia o grande capital”, enfatiza Jeová.
Para ele, apenas um governo eleito democraticamente teria legitimidade de ter um diálogo com a sociedade brasileira para propor reformas, preservando direitos básicos e que são fundamentais. “Só um governo eleito pelo povo pode dialogar com os trabalhadores e empresários e fazer uma reforma que seja consistente, segura, que combata a sonegação, que criminalize os empresários sonegadores e aumente a pena para crimes de apropriação indébita. Esse Congresso e muito menos esse governo estão longe de ter essa legitimidade”, finaliza Jeová.