“A presidente Dilma Rousseff teve a maioria expressiva do voto dos paraibanos e isso significa que a Paraíba fez uma opção e que isso, no mínimo, deveria ser levando em consideração pelos senadores que hoje votam contra a vontade do povo paraibano”, disse o deputado estadual Jeová Campos referindo-se a posição, já anunciada, dos senadores Cassio Cunha Lima, José Maranhão e Raimundo Lira, de votarem a favor da instauração do impeachment da presidenta.
“Esses políticos estão cuspindo na cara dos paraibanos, escrevem suas histórias com a tinta negra do golpe, ajudarão a destituir uma presidente legitimamente eleita e que não responde a crime algum e certamente terão um julgamento à altura nas próximas eleições”, argumenta o parlamentar.
De acordo com Jeová é, no mínimo, esdruxulo, por exemplo, um político ficha suja, que teve seu mandato cassado por corrupção, se arvorar como o paladino da justiça. “Que situação desconexa é essa que permite que o julgador de uma presidente honesta, que não cometeu crime algum no exercício da presidência, seja justamente alguém que não tem o mínimo de moral para tal feito”, destaca o deputado.
Jeová lembra ainda outra situação inusitada na votação do impeachment no Senado. “O senador Raimundo Lira não foi eleito pelo voto popular, mas terá a prerrogativa de contribuir com seu voto para destituição de uma presidente que foi eleita com mais de 54 milhões de votos dos brasileiros. Que país é esse?”, desabafa Jeová.