Missa de 30º Dia do paraibano que morreu em loja do interior de Alagoas acontece sem que ninguém ainda seja culpado pela tragédia

A celebração da Missa de 30º Dia do paraibano Sidney Marques Leite (Ney), que morreu tragicamente em um acidente no interior da loja Joel Auto Peças, na cidade de São Miguel dos Campos (AL), no dia 20 de setembro, aconteceu neste sábado (22), na capela Nossa Senhora da Piedade, no bairro do Cristo, em João Pessoa. Familiares, amigos e clientes de Ney que participaram do ato ecumênico ainda esperam que as autoridades policiais de Alagoas deem encaminhamento aos procedimentos legais que o caso requer para que, enfim, os culpados pela morte prematura de Ney respondam pelos seus atos perante à Justiça.

Durante a missa, irmãos, filhos e parentes próximos a Ney leram trechos da celebração eucarística e Ligia Maria, filha do segundo casamento dele, redigiu e leu um texto que fazia referência a escritos e postagens feitas por ele em rede social, a partir do qual relembrou e agradeceu os 15 anos de convivência com ele e todos os ensinamentos deste período compartilhado com muito amor e cumplicidade. “O plano material não será capaz de nos separar, pois estamos ligados de todas as formas possíveis através do amor”, destacou ela, lembrando que saberá honrar a memória de seu pai, levando em consideração todos os conselhos que recebeu dele.

A mãe de Ney, Francisca Marques Leite, mais conhecida como Nininha, não conteve as lágrimas durante toda a celebração, assim como os filhos do primeiro casamento dele, Pedro Neto, Allan Vinícius e Letícia Maria, que vieram de Teresina (PI), cidade onde residem, especialmente, para participar da celebração na capital paraibana, onde o pai residia. “Meu coração está em pedaços, a saudade é imensa, há um vazio enorme em minha existência. Nossos domingos não serão os mesmos sem ele”, disse ela sem conter as lágrimas. Ney costumava almoçar com os pais nos domingos em que estava em João Pessoa, já que seu trabalho, por vezes, o impedia por causas das viagens por todo o Nordeste.

A esposa, Kalina Ligia de Moura, fez uma homenagem especial a Ney, ao produzir um livreto com homenagens de familiares e pessoas próximas a ele, dedicando uma página da publicação com destaque de trechos de músicas de Roberto Carlos, intercalando-os com citações próprias, onde explicitou o seu sentimento de amor, paixão, admiração e dor pela saudade. “Ney foi um excelente companheiro, um grande pai, era um ótimo filho e um amigo de todas as horas. Eu não perdi apenas um marido, perdi meu referencial, meu alicerce, meu grande e único amor. Seguirei em frente, sem perder a ternura, pois tenho uma grande responsabilidade agora que é conduzir, educar e acompanhar nossas filhas, Ligia Maria e Anelise Maria”, disse Kalina.

Ney, como era mais conhecido, ocupava o cargo de gerente da Mônaco Distribuidora e estava no momento do acidente, no dia 20 de setembro, anotando um pedido de compras no interior da loja junto com um vendedor da mesma empresa, quando um carro desgovernado, dirigido por um mecânico, que estava sendo consertado no referido local, bateu nele e em seu companheiro de trabalho, imprensando-os contra o balcão. O vendedor teve apenas ferimentos leves, mas Ney foi atingido em cheio, ficando imprensado entre o carro e o balcão da loja. Foi encaminhado a UPA da cidade, em estado grave, onde recebeu os primeiros atendimentos. No local, ele teve duas paradas cardíacas, foi ressuscitado, mas logo entrou em coma, vindo a falecer poucas horas depois do ocorrido, no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde tinha sido transferido de helicóptero.

O laudo do IML de Maceió, onde foi feita a autopsia, deu como causa da morte perfuração do baço e comprometimento de outros órgãos internos ocasionados por causa do impacto do veículo, além de constatar fraturas diversas nas pernas, costelas e bacia. O sepultamento de Ney aconteceu no Parque das Acácias, em João Pessoa, no dia 22 de setembro. Ele era paraibano de Patos e tinha 52 anos.

 

Rolar para cima