Maternidade de Patos vai inaugurar ambulatório para desenvolver um trabalho com bebês diagnosticados com microcefalia

Espaço começa a funcionar na próxima terça-feira (19)

e vai contar com equipe multidisciplinar

 

Além da referência no atendimento às mulheres e recém-nascidos, a  Maternidade Dr. Peregrino Filho começa a se destacar também no diagnóstico, exames, procedimentos e acompanhamento em casos de microcefalia. Na próxima terça-feira (19), a unidade amplia esse trabalho com a inauguração de um espaço dedicado, exclusivamente, a realizar um trabalho específico dos casos confirmados da doença. Trata-se do Ambulatório de Microcefalia que vai funcionar as terças e quintas-feiras, das 13h às 17h. O ambulatório funcionará em uma sala na sede do Banco de Leite da unidade.

Segundo a diretora assistencial da Maternidade de Patos, Luciana Maia, o ambulatório foi montado para trabalhar com a demanda de crianças que já foram identificadas como portadora da doença pela maternidade, mas dependendo do aparecimento de novos casos, o trabalho poderá ser ampliado. Ela explica que quando o bebê nasce na maternidade, o pediatra e a enfermeira de centro cirúrgico e centro obstétrico fazem a medição do perímetro cefálico no ato do nascimento. Após 24h, essa medicação é feita novamente pela enfermeira do CIRCOR, responsável pelo teste do coração. Se houver suspeita de microcefalia, é iniciado pela enfermeira da vigilância epidemiológica, Abymaelle Katyane, o questionário de investigação, solicitado à sorologia da mãe e do RN, e também a notificação ao responsável. “Esses procedimentos nos permite identificar todos os casos da doença de crianças nascidas na maternidade”, afirma Luciana.

Inicialmente, a equipe multidisciplinar do ambulatório de Microcefalia contará com a uma pediatra, três fisioterapeutas, um fonoaudiólogo, um psicólogo e uma assistente social. O ambulatório é também fruto de uma parceria com a Faculdade Integradas de Patos (FIP), que fez doações de equipamentos e brinquedos para o espaço que também vai possibilitar a realização de estágios para alunos do curso de Fisioterapia da Faculdade. Luciana explica que a fisioterapia é indicada nestes casos e pode ajudar no desenvolvimento físico e mental das crianças, através dos estímulos. “Quanto mais estímulo à criança tiver, melhor são os resultados que influenciam nas habilidades cognitivas, sensoriais, propiciando uma melhor qualidade de vida”, explica a  diretora assistencial da Maternidade de Patos, Luciana Maia.

Além do acompanhamento após o parto dos casos suspeitos, a Maternidade Dr. Peregrino Filho também faz a USG transfontanela, que é uma  ultrassom para observar presença de calcificações, e o exame da coleta do Liquor, que consiste na punção do líquido cefaloraquidiano. A neonatologista Dra. Vandezita Mazzaro é a responsável pela realização do procedimento, que requer um período de observação pós-exame do bebê de seis a oito horas. A sorologia da coleta é enviada para o laboratório Lacen, em João Pessoa. “Tudo que diz respeito à microcefalia nós já fazemos na Maternidade”, finaliza Luciana Maia.

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