Deputado Jeová Campos reconhece que material divulgado por ele é fake news mas mantém opinião sobre postura de Moro e Dallagnol

O deputado estadual Jeová Campos reconheceu hoje que a reprodução de trechos que seriam de conversas e troca de mensagens entre o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, apresentados por ele em plenário da ALPB, durante a sessão desta terça-feira (11), de fato, eram Fake News. “Recebi as mensagens e assumo a culpa de não ter checado a veracidade da publicação em si e peço desculpas publicamente por isso, pois não aceito mentira e não divulgo mentira”, disse ele, reiterando, porém que não retira uma vírgula do que disse na tribuna sobre a postura dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, especialmente, o ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador do Ministério Público Dallagnol, que atuaram no caso Lula.

Para o parlamentar, o vazamento destes áudios comprova o que todos já sabiam. “O conluio de Sérgio Moro e Dallagnol é público e notório. Eles agiram em nome do Estado Nacional, mas com violação profunda contra o Estado Nacional, pois atuaram no caso Lula motivado por questões políticas. A publicação do site The Intercept Brasil mostra a evidente colaboração inconstitucional entre o então juiz Moro e o procurador Deltan Dallagnol e eles merecem ser criminalizados por isso”, destaca Jeová.

Sobre a conduta do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, Jeová foi enfático: “Um juiz nunca pode se vincular com a acusação. Ele tem que estar acima das partes. A acusação é feita pelo Estado, mas o juiz não tem o dever de seguir o Estado, mas a lei, que é a representação do Estado. Quando um juiz se alia a acusação e orienta como ela deve proceder, como coletar provas, prendendo pessoas para poder ter um delator que incrimine um réu, ele fere o princípio da ética e dos preceitos do código penal”, destaca Jeová. Ele lembra que no processo de Lula, 73 pessoas foram testemunhas e 72 delas absolviam o ex-presidente e apenas o depoimento de Léo Pinheiro, um delator, o acusava, mas foi, justamente, esse o depoimento que o condenou sem provas.

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