Teóricos do ensino de Artes e Cultura defendem que a criação artística, cultural e científica dialoga com a necessidade humana de perceber e entender a realidade humano-social, de expressar e objetivar significados e valores coletivos, de se tornar consciente de sua existência e suas diferentes práticas sociais. Nesse sentido, o conhecer é fruto de um fazer, ou seja, toda obra não se torna meio de conhecimento copiando uma realidade, mas criando uma nova. É por compreender a importância do ‘produzir’ no ensino-aprendizagem e da importância de levar o aluno ao pensamento crítico, ao desenvolvimento da sensibilidade, da percepção e da imaginação, que o GEO Tambaú realizará a sua 21ª edição da SEB Arte e Cultura – SAC que vai acontecer durante todo o próximo 1º de novembro, na sede da escola.
Na edição 2019 do evento, o colégio vai trabalhar o tema “Despertar para um Futuro Inovador”. Na próxima sexta-feira (01), das 8h até às 17h, todas as turmas, do Infantil à 2ª Série do Ensino Médio da unidade, apresentarão seus trabalhos e, como todos os anos, devem surpreender pais e visitantes com suas desenvolturas nas linguagens artísticas (Música, Teatro, Dança, Poesia, Literatura), e em diversas áreas do conhecimento científico em que vão adentrar com a apresentação de trabalhos. As turmas do Infantil, por exemplo, estão na incumbência de mostrar aos pais o tema “Das histórias em quadrinhos para as telas do Cinema” e trabalharão a tecnologia como propulsor do desenvolvimento.
Segundo a coordenadora do Ensino Infantil do GEO Tambaú, professora Tássia Mendes, as turmas farão uma espécie de linha do tempo para contar a história evolutiva dos alimentos, dos brinquedos, do Cinema e da fotografia. “Eles farão isso através de peças, de apresentação de dança, de música e também de um musical”, comentou Tássia, frisando que o Infantil III mostrará a evolução tecnológica dos alimentos, o Infantil IV apresentará a tecnologia dos brinquedos e também das brincadeiras, o Infantil V será a evolução do Cinema e a 1ª Série do Fundamental será a evolução da Fotografia. As apresentações ocorrerão nas salas de aula.
Já os alunos do Ensino Fundamental I experimentarão um método diferente. Conforme a orientadora pedagógica Flávia Espínola, as professoras estarão trabalhando o protagonismo dos alunos através da metodologia de “sala de aula invertida”. A técnica é uma tendência que está conquistando cada vez mais espaço nas escolas devido aos benefícios que esse modelo proporciona. Nele, o processo de aprendizagem não começa com a explicação do professor, tendo em vista que hoje o conhecimento está posto e ele é o ser que facilita o aprendizado. Dessa forma, o educador seleciona alguns materiais sobre as aulas e envia previamente esse conteúdo para os estudantes, que já serão “iniciados” no conteúdo antes da aula.
“O grande benefício é que o aluno não é um sujeito passivo, ele procura entender o conteúdo por meio de estratégias tecnológicas educacionais, organiza seus pensamentos e vem para a aula sendo muito mais participativo. Isso também torna a aula mais interessante e faz com que ele aprenda mais”, comentou Flávia Espínola, destacando que na SAC os alunos do Fundamental apresentarão trabalhos de Gameficação, Robótica com sucata, farão releituras interpretadas, experiências científicas e também trarão apresentações de Realidade Aumentada. Tudo isso por meio de painéis, seminários, dinâmica e outras metodologias.
A SAC, portanto, para os alunos do Ensino Fundamental I, II, e Médio também, é um importante projeto de expansão e divulgação do conhecimento vivenciado durante todo o ano na escola. Os alunos do Fundamental e do Ensino Médio que apresentam trabalhos, inclusive, tem na SAC a sua avaliação do 4º Bimestre que é lançada em 03 disciplinas escolhidas por cada aluno. As apresentações acontecerão nas salas de 01 a 05 no corredor do Fundamental.
As turmas da 2ª Série do Fundamental apresentarão “Saberes Guardados na Memória”; as 3ª Séries ficarão com Flipped Classroom, – Sala de Aula Invertida; as 4ª e 5ª Séries ficarão com “Inglês: Jeopardy, jogo em risco” e “Ciências: a arte de atrair e transformar”. Outras turmas de 4º e 5º anos apresentarão “Matemática : STEM – (Science, Technology, Engineering, and Mathematics) e Matemática Financeira”. Também terá “História e Geografia: Astronomia em realidade Aumentada”.
Já os alunos do Fundamental II trarão temas sobre Tecnologia (6º ano A); Comunicação em Família (6º B); Tecnologia e o mundo (6º C); Cotidiano em sala de aula (6ºD); O dia a dia em; sala (7º Ano A); Inclusão Social e Educacional (7ºB); Culturas regionais brasileira (7º C); Cultura Nordestina (7ºD); radioatividade (8ºA); A evolução da dança (8ºB); Pray For Amazonia (8º C); Libras como forma de inclusão (9ºA); História do Cinema (9ºB); Chernobyl (9ºC); e Um mundo pós apocalíptico (9º D).
Os alunos da 1ª e da 2ª série do Ensino Médio apresentarão temas que, dentro da temática comum “Despertar para um Futuro Inovador”, serão aprofundados e abordarão o empreendedorismo; as linguagens; a responsabilidade social; a sustentabilidade e o mundo do conhecimento de forma geral, mostrando a autonomia e a competência de todos eles. De acordo com a professora Addissana Ganem, orientadora pedagógica do Ensino Médio do GEO Tambaú, os alunos serão avaliados quanto à criatividade, organização, relação e abordagem científica do tema e a própria apresentação o trabalho. Os temas serão: 1ª série A – Amazônia –O que se esconde por trás da fumaça; 2ª B – orgulho do nosso Oxente; 1ª série C – Escape Room – O Julgamento; 2ª A – Ciência Show – apresentação de experimentos científicos; 2ª A/B/C – Exterioridade e O Show tem que continuar; 2ª C – Dolhouse, um perfeito mundo de ilusões.
O professor Danilo Abdala, diretor da unidade Tambaú, frisou que o objetivo do GEO é proporcionar ao seu aluno uma formação integral que dê a ele capacidades cognitivas não apenas para compreender a atualidade, mas também para criar novas realidades. “São experiências como essas em que o aluno, criança ou adolescente, utilizando-se do conhecimento que tem, desenvolvem novas formas de lidar com o mundo e as pessoas em sua volta. Aqui, eles exercem seu potencial criador, trabalhando e criando novos ‘fazeres’, para reconfigurar sua realidade e dar sentido às suas práticas”, salientou Abdala.