“Dom Marcelo Pinto Carvalheira deixa um legado de muita dedicação aos mais necessitados, de um amor fraterno com os seus semelhantes, foi um ícone da resistência durante o regime militar ao defender líderes católicos perseguidos e ao longo de sua vida pregou o amor, a fraternidade e gratidão. Com certeza, neste outro plano espiritual, ele está num bom lugar pois alicerçou seu caminho para o céu ao fazer uma opção pelos mais pobres e mais humildes”, exalta o deputado estadual Jeová Campos.
O parlamentar lembra que o arcebispo Emérito da Paraíba foi preso e torturado durante o regime militar por causa de sua posição e defesa dos líderes católicos e civis perseguidos durante a ditadura de 64. “Ele também foi um símbolo de resistência e um dos colaboradores de Dom Hélder na defesa das pessoas perseguidas pelo regime de exceção. Tanto que, em janeiro de 2009, Dom Marcelo foi indenizado por reparação econômica de danos por ter sido preso e torturado”, lembra Jeová.
Dom Marcelo foi ordenado sacerdote em Roma, em 1953, foi nomeado bispo auxiliar da Paraíba em outubro de 1975, e ordenado bispo, aos 47 anos, em dezembro de 1975 pelas mãos de Dom Helder Câmara, Dom Aloísio Lorscheider e Dom José Maria Pires. Ele foi o primeiro bispo da Diocese de Guarabira, nomeado em 1981, aos 53 anos. Em 29 de novembro de 1995 foi designado para ser Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba. Ele morreu aos 88 anos.