Palestras reforçam importância da análise do solo e da aplicação correta de insumos para melhorar produtividade de culturas
Posted onA análise do solo é uma técnica de suma importância na agricultura, sendo a mais confiável para o conhecimento do estado nutricional e o grau de fertilidade em que se encontra determinada área e é imprescindível para determinar quais produtos mais se adequam a necessidade da área a ser cultivada, impactando diretamente no manejo e produtividade das culturas. Essa questão, que já era bem conhecida de todos que participaram das palestras dos ‘Doutores da Cana’, já que o público alvo foi produtores canavieiros e industriais do setor sucronenergético, ficou ainda mais evidente após as explanações do Professor Doutor, Emídio Cantídio, do agrônomo Dr. Luiz Cláudio e do agrônomo, consultor e especialista Dr. Benon Barreto. Eles foram os palestrantes de um evento que aconteceu em João Pessoa, nesta quarta-feira (29), promovido pela Adama e Agromape, com apoio da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).
O Professor Doutor, Emídio Cantídio, que abordou o tema ‘Manejo de estresse abiótico em cana-de-açúcar’, iniciou o ciclo de palestras, enfatizando que o fator climático afeta diretamente a produtividade, com ênfase nas questões hídrica e da radiação solar. “A radiação solar interfere na produtividade, assim como a questão hídrica, mas existem soluções para minimizar esses problemas. Hoje, existem no mercado muitas tecnologias à disposição do produtor e a grande questão é saber o que usar e como aplicar”, destacou ele. Dr. Emídio lembrou do déficit hídrico do Nordeste e reiterou a importância da escolha de uma variedade de cana que seja adaptada à região e suas peculiaridades. Em sua participação, o professor sugeriu especial atenção com algumas práticas que, segundo ele, são estratégias eficazes que minimizam o estresse hídrico e quando utilizadas corretamente impactam diretamente na produtividade, a exemplo da fosfatagem, da gessagem, da silicagem e do uso de bioestimulantes e fisioativados. Ele ainda abordou as vantagens do uso do ExpertGrow, da ADAMA, no aumento da taxa fotossintética, maior desenvolvimento de folhas e colmos e ainda com impactos diretos na produtividade. Neste aspecto, ele mostrou o resultado de alguns experimentos com o uso desta biossolução.
Em seguida foi a vez da participação do Diretor Técnico da Agromape e engenheiro agrônomo, Dr. Luiz Cláudio, que falou sobre ‘Fatores que afetam a produtividade dos canaviais do Nordeste’. Ele abordou o tema focando nas restrições fisiológicas, ambientais e agronômicas, passando pela importância e diferenciação de macro e micro nutrientes, sugeriu ações para melhorar a nutrição da planta, chamou atenção para a importância da observação de fatores que influenciam na eficácia da aplicação de produtos, tipo vento e chuva, e reiterou a importância da análise de solo para aplicação de produtos mais eficazes. “Não existe receita de bolo pronta na Agricultura. Existem tecnologias à disposição que precisam de análises prévias de onde e como será aplicada para surtir o efeito desejado”, disse ele, destacando diversos produtos de utilizações específicas, com ênfase no combate a nematóides, a broca-da-cana, broca-gigante, além de outras pragas, doenças e deficiências.
Ùltimo a falar, Dr. Benon também prendeu a atenção da platéia pelas analogias que fez. Utilizando a metáfora de uma gaveta, onde segundo ele meias e lenços seriam hidrogênio e alumínio, coisas que precisam ser retiradas da gaveta sobrando pouco ou quase nada, e cuecas, camisas e calças seriam, respectivamente, potássio, magnésio e cálcio, fundamentais para o cultivo, Dr. Benon abordou a importância do que é fundamental para uma boa produtividade, destacando o cálcio como um dos principais elementos. “Toda honra e toda glória para o cálcio, pois um solo só tem vida se tiver cálcio”, disse ele, complementando que: “devemos ter mais respeito com o solo e é imprescindível identificar o solo para poder agir corretamente. Se você não sabe o que tem, não vai acertar no uso de produtos”. Neste aspecto, ele sugeriu ao Departamento Técnico da Asplan que intensifique as ações e treinamentos para que os produtores associados sejam estimulados a realizarem a análise de seus solos e ainda brincou: “a análise do solo é tão importante para o produtor ter boa assertividade no uso de produtos e aumentar sua produtividade, como um exame de sangue é para o médico avaliar a saúde de seu paciente”.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, lembrou a importância de eventos como esse, reiterou o compromisso da direção da Associação em investir o que for preciso para melhor orientar o produtor na conduta de seus tratos culturais e destacou a necessidade de irrigação, do bom preparo do solo e do uso de tecnologias para aumento da produtividade dos canaviais. “Temos que continuar acreditando e investindo em tecnologia para melhorar nossa produtividade e esse debate de hoje nos mostrou que temos soluções para todos os nossos problemas, a questão é como melhor utilizá-las” afirmou ele, que foi homenageado, junto com Dr. Nenon, com o troféu comemorativo da ADAMA, o #BomdeCana. Quem fez a entrega foi o representante da ADAMA, Manoel Arcanjo, que em um momento anterior falou sobre algumas soluções e tecnologias da Marca, a exemplo do Protege, do Legado e do ExpertGrow, e apresentou um vídeo institucional da ADAMA.
O Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira e o agrônomo da Associação, Luis Augusto, também tiveram rápida participação, destacando o trabalho que a entidade faz junto aos fornecedores de estímulo e orientação para realização das análises de solo. “Já realizamos cerca de 500 amostras de solo, graças a uma parceria que temos com um laboratório de Alagoas, cujos resultados saem, em média, com 15 dias, além disso, temos um protocolo de orientação que ensina o produtor a fazer a coleta adequada para análise”, afirmou Neto, lembrando que a Asplan também tem um convênio com o Senar para capacitação do produtor.
O segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, encerrou o evento, parabenizando todos os palestrantes, especialmente, Dr. Benon que aos 86 anos ainda se mantém na ativa. “Muito nos alegra ainda poder contar com sua colaboração na disseminação de tanto conhecimento técnico”, disse ele, confirmando presença no lançamento do livro “Cana-de-Açúcar em Pernambuco”, escrito pelo Dr. Benon em parceria com o agrônomo, Marcos Aurélio Cavalcante, que será lançado no dia 18 de julho, às 17h, na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, em Recife. “Iremos em comitiva para prestigiar esse lançamento”, complementou José Inácio, também confirmando presença no evento.









Adama e Agromape promovem palestras sobre manejo e produtividade na Asplan
Posted onO manejo do solo influencia na quantidade e qualidade da matéria orgânica do solo a qual tem estreita relação com os atributos químicos, físicos e biológicos do solo, refletindo diretamente na produtividade das culturas e na manutenção da qualidade do solo. E é justamente sobre essa temática que na próxima quarta-feira (29), produtores canavieiros da Paraíba terão a oportunidade de se aprofundar durante o evento ‘Doutores da Cana’. Promovido pela Adama e Agromape, com apoio da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), o evento acontecerá a partir das 8h30, no auditório da sede da Associação, em João Pessoa, e é aberto ao público interessado.
O ‘Doutores da Cana’ vai contar com a participação do Professor Doutor, Emídio Cantídio que vai abordar o tema ‘Manejo de estresse abiótico em cana-de-açúcar’, com o Dr. Luiz Cláudio que vai falar sobre ‘Fatores que afetam a produtividade dos canaviais do Nordeste’ e ainda com o consultor técnico e agronômo, Dr. Benon Barreto que vai falar sobre ‘Fundamentos para condicionar o solo afim de se obter maiores produtividades’.
O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, destaca a importância do evento. “Todos os palestrantes têm grandes conhecimentos de causa, são especialistas nestes assuntos e vão abordar questões que são muito importantes para os produtores melhorarem suas lavouras”, destaca Neto, convidando os associados a prestigiarem o momento.


Dia de Campo da Giasa reúne fornecedores e fica marcado por excelentes palestras técnicas
Posted onFoi para marcar o início da safra 2022/2023 que a Usina Giasa, localizada em Pedras de Fogo, reuniu nesta quarta-feira (22), seus fornecedores para um Dia de Campo. O evento, realizado no Hotel Fazenda Paraíso dos Colibris, ficou marcado por duas excelentes palestras técnicas proferidas pelo Professor Doutor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Emídio Cantídio, e pelo professor José de Souza Santos. As empresas Agromape e FMC foram parceiras do evento que contou com a participação do presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.
A palestra de Dr. Emídio teve como tema “Importância da utilização de corretivos em cana planta e soca e seus efeitos da produtividade e longevidade do canavial”, enquanto que a palestra do professor Santos foi sobre “Manejo e controle de pragas da cana-de-açúcar com ênfase e broca comum, broca gigante e cigarrinhas”.
Para o diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, que também participou do evento, o Dia de Campo foi muito proveitoso e importante. “O Dia de Campo foi muito prestigiado pelos fornecedores de cana e a Asplan teve significativa participação nele, interagindo com a indústria e nos deu a oportunidade de atualização de conhecimentos no sentido de manejo nutricional de pragas e doenças”, afirma Neto, destacando que houve ainda a distribuição de material institucional da Asplan para todos os presentes. Quem também esteve presente foi o segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira que também avaliou o momento como muito positivo.








Comitiva da República dos Camarões visita à Paraíba para estreitar relações comerciais e conhecer cadeia produtiva da cana-e-açúcar
Posted onUma comitiva formada por um funcionário da embaixada e outros do Comitê da Agricultura da República dos Camarões (África) esteve reunida, na tarde desta terça-feira (14), com diretores da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e com o representante das indústrias sucroenergéticas paraibanas. O grupo veio ao Brasil, exclusivamente, para conhecer a cadeia produtiva paraibana, fomentar negócios, estreitar as relações bilaterais com o Brasil e a Paraíba e conhecer a parte tecnológica da produção de cana-de-açúcar e da produção de etanol. A ideia é levar para o país africano informações sobre esses processos já que há por parte deles a intenção de investir na produção deste combustível renovável, limpo e sustentável. Coube ao segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, e ao Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, recepcionar o grupo em sua visita a entidade canavieira, que incluiu ainda a participação do secretário do Desenvolvimento, da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, Rafael Lopes de Oliveira.
“Devido a características muito similaridades, inclusive porque Camarões está na mesma linha do Equador que a Paraíba, e já tendo uma produção expressiva de cana-de-açúcar, eles avaliaram que seria importante conhecer in loco como funciona a cadeia produtiva da Paraíba para levar para o país de origem essas informações a fim de iniciarem essa produção de etanol. E nós repassamos a eles todas as informações solicitadas relativas a parte da produção da matéria-prima que corresponde a nosso campo de atuação na cadeia produtiva canavieira”, disse Raimundo Nonato.
Ainda segundo o dirigente da Asplan, a iniciativa de produção de cana e de etanol deve ser estimulada não apenas em Camarões, mas em qualquer lugar do mundo onde a cultura possa ser plantada e indústrias possam ser implementadas. “Neste aspecto, não há que termos reservas e ciúmes com quer que seja, pois o mundo precisa cada vez mais de um combustível limpo, que seja social, econômica e ambientalmente correto, e o etanol é tudo isso, por isso, iniciativas como essa de Camarões deve ter todo o nosso apoio e estímulo”, reiterou Nonato quebrando o protocolo e provocando risos ao brincar com a delegação dizendo que a única reserva em relação ao país africano, acontecerá em novembro, quando a seleção de futebol de Camarões enfrentará a do Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo, em Dubai.
Durante a reunião, foi apresentados os dados de produção de cana da Paraíba, de produção da indústria, de funcionamento das entidades que integram a cadeia produtiva, do papel, função e importância das entidades representativas – Asplan e Sindálcool- do Governo do Estado e detalhes importantes do universo canavieiro. O elemento surpresa da reunião foi saber que a República dos Camarões, segundo seus representantes, produz cana-de-açúcar em 400 mil hectares, quase o dobro da área plantada na Paraíba, terceiro maior produtor canavieiro do Nordeste, que fica em torno de 250 mil hectares. “Me espantei com esse dado porque, de fato, é uma área muito grande que tem um potencial enorme para produção de derivados da cana, inclusive, etanol”, destacou Nonato.
O secretário de Agricultura da Paraíba, Rafael Lopes de Oliveira, deu detalhes da participação do setor produtivo na economia paraibana, com ênfase na cadeia da cana-de-açúcar, e antes da reunião com a comitiva, debateu com a direção da Asplan questões importantes para o setor como a revitalização das estradas vicinais por onde escoa a produção agrícola, especialmente, a da cana e ainda a insegurança na zona rural, com o aumento do número de assaltos e furtos de geradores e outros equipamentos, que tem deixado intranquilos os produtores e moradores do campo. “Colocamos para o secretário essas questões prioritárias e ele disse que ainda essa semana despacharia com o governador João Azevedo reforçando nossos pleitos”, finalizou Raimundo Nonato.
O diretor do Detec, Neto Siqueira, lembra que surgiu ainda a ideia de ser firmada uma parceria com a Asplan, através de um convênio. “Vamos nos reunir novamente para definir de que forma a gente pode difundir a parte tecnológica da produção de cana-de-açúcar com os representantes do Comitê da Agricultura da República dos Camarões”, destacou Neto.
Além de Raimundo Nonato Siqueira e Neto Siqueira, da Asplan, e do Secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Rafael Lopes de Oliveira participaram da reunião, o Engenheiro Agrônomo da Asplan, Luis Augusto, a 2ª Vice-Diretora Secretária, Ana Cláudia Santana Tavares, o economista, Marcelo Martins, do Sindalcool e os fornecedores, Rêmulo Barbosa, Domingos Sávio Andrade.
Sobre o país
A República dos Camarões é um país da região ocidental da África Central que em comparação com outros países africanos, têm mais estabilidade política e social o que permitiu o desenvolvimento da agricultura, estradas, ferrovias e grandes indústrias de petróleo e madeira. Na agricultura, o país está entre os cinco maiores produtores do mundo de banana-da-terra, noz de cola e taro, é grande produtor mundial de cacau, assim como de óleo de palma e inhame, além de ter grandes produções de mandioca, milho, sorgo, banana, cana-de-açúcar, tomate, amendoim, entre outros produtos. Os Camarões são uma república presidencialista, dividida administrativamente em 10 províncias. O chefe de estado e de governo é o presidente Paul Biya (RDPC) que governa desde 1982, sendo reeleito sucessivas vezes. Tanto inglês quanto francês são línguas oficiais, apesar de o francês ser muito mais compreendido (mais de 80%), tanto que na visita que a comitiva fez a Asplan, todos falaram em francês, tanto que houve a necessidade de um interprete que mediou todas as falas.
Parecer que moderniza Lei do RenovaBio e repara injustiça com produtores é aprovado em Comissão na Câmara
Posted onA Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara Federal aprovou, em votação nesta terça-feira (14), o parecer do deputado José Schreiner (DEM-GO) favorável ao PL 3149/20, de autoria do deputado Efraim Filho (DEM/PB). A matéria tem singular importância para os produtores porque repara uma injustiça com eles que ficaram de fora da Lei do RenovaBio, inserido-os no recebimento dos créditos de descarbonização (CBios), que, atualmente, é destinado somente aos industriais. “Essa é uma reivindicação justa e esse foi um grande passo para nos inserir como parte da cadeia produtiva no recebimento de CBios, uma vez que a cana captura carbono durante seu cultivo, mas isso não foi levado em consideração na atual legislação, nos deixado de fora deste ganho”, afirma o presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais que está em Brasília e acompanhou a votação. A matéria segue agora para outras comissões, sendo a próxima a Comissão de Minas e Energia.
José Inácio reforça que embora a cana capture carbono durante seu cultivo, isso não foi levando em consideração para contemplar os produtores com o recebimento do o Cbios. “Tem vários estudos a respeito disso atentando a importância do produtor nessa cadeia porque é a cana e a sua produção, que melhora a nota de eficiência e aumenta o volume que a unidade industrial vai comercializar. Não dá para aceitar que isso não seja revisto e a aprovação do parecer é um ponto fundamental nessa revisão”, reitera José Inácio, que está na capital federal com o primeiro vice-presidente da Asplan, Pedro Neto.
O dirigente canavieiro lembra que o PL do deputado Efraim busca modernizar a Lei do RenovaBio (13.576/2017) de modo a valorizar a biomassa destinada para fabricação dos biocombustíveis e o produtor rural desta matéria-prima, inserindo-o, também, no recebimento dos CBios. “O relatório aprovado hoje é um avanço e é resultado de uma ampla discussão entre produtores de cana e unidades industriais que repara essa injustiça com a gente que há duas safras já poderíamos estar recebendo o que é nosso por méritos e justiça”, afirma José Inácio.
O relatório sugere um repasse de 80% da receita de CBios aos canavieiros que sejam certificados com dados padrão e 50% àqueles sem a referida certificação. O percentual diz respeito ao correspondente da matéria-prima do produtor rural fornecida às unidades industriais para fabricação dos biocombustíveis, como o etanol. A classificação da biomassa, segundo o RenovaBio, pode ser padrão (mais eficiente referente às questões ambientais) ou primária.
“Além da justa inclusão do produtor da biomassa no RenovaBio através do recebimento do CBios, o relatório busca, com isso, incentivá-lo a disponibilizar dados precisos sobre a matéria-prima por ele produzida, bem como aumentar a eficiência na economia de carbono, a ser emitido em menor quantidade consequentemente”, explica o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil cana captura carbono durante seu cultivo, mas que o Cbios não contempla esse aspecto (Feplana), Paulo Leal, lembrando que grande parte das metas de descarbonização ocorre no campo, por meio de ações realizadas pelo produtor rural, levando em consideração desde a forma de cultivo da matéria prima, até o cumprimento da manutenção de sua Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) em sua propriedade.

Os 65 anos da Asplan e a atuação do presidente da Associação Canavieira são reconhecidos pela ALPB durante Sessão Especial
Posted onHá 65 anos, a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) acompanha o dia a dia dos produtores canavieiros paraibanos, dando-lhes o apoio necessário para que a cultura mais significativa do Estado continue gerando empregos, divisas, desenvolvimento e progresso. E nesta quarta-feira (08), a importância desta entidade, que congrega cerca de 1.800 associados, foi reconhecida pela Assembleia Legislativa com a realização de uma Sessão Especial. E a solenidade também marcou o reconhecimento do trabalho, da trajetória, da liderança e da contribuição do atual presidente da Asplan, José Inácio de Morais, para o desenvolvimento da Paraíba, outorgando-lhe a mais alta comenda da ALPB, a Medalha de Epitácio Pessoa. A propositura de homenagem à Asplan foi do deputado Tovar Correia Lima, que presidiu os trabalhos, enquanto que o deputado João Gonçalves, que secretariou a sessão, foi o autor da outorga da Medalha. A solenidade, bastante prestigiada, aconteceu no auditório da Asplan, em João Pessoa.
Antes de a sessão legislativa ser iniciada, o cerimonialista e jornalista, Aldo Schueller, apresentou a Asplan e falou sobre o homenageado, que é filho, neto e bisneto de produtores canavieiros e está em seu terceiro mandato à frente da Associação paraibana. Na sequência, o deputado Tovar Correia Lima chamou as autoridades que compuseram a mesa, pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas do Covid, como manda o Regimento da Casa em todo início de sessão e, em seguida, chamou o músico Mô Lima para executar o Hino Nacional com sua sanfona, o que emocionou a todos e já deu o tom do que seria essa dupla homenagem.
O primeiro parlamentar a falar foi o deputado Trocolli Júnior que enalteceu as qualidades do líder setorial e do cidadão, José Inácio. “Essa é uma homenagem justíssima e eu estou muito feliz de ver a ALPB reconhecer um homem de palavra e honesto, trabalhador e que muito contribui com a economia paraibana”, disse Trocolli. Coube ao deputado Tovar, em seguida, falar sobre a importância da Asplan e justificar a propositura de sua autoria em homenagem a entidade. “É uma honra participar deste momento e ter sido o autor desta sessão, pois a Asplan é uma entidade séria, muito importante não apenas para o segmento produtivo, mas, para toda a Paraíba. Nosso estado tem uma dívida de gratidão com todos vocês que integram essa associação, pois vocês tiram riqueza da terra e nos devolvem com a geração de empregos, divisas, com progresso e desenvolvimento”, enfatizou Tovar, destacando números e dados que enaltecem o setor sucroenergético paraibano, a exemplo da geração de cerca de 44 mil empregos em épocas de safra.
Coube ao diretor financeiro da Asplan, Oscar Gouveia, fazer uma apresentação do homenageado. “José Inácio é um amigo irmão, sempre atento e solidário ao próximo, revelando-se um ser humano carismático e possuidor de um grande coração. Outra qualidade é sua fé, sempre presente nas suas ações. É nosso privilégio ter à frente de nossa associação um líder nato, de competência inigualável, incansável na busca de soluções, sendo um negociador habilidoso e com uma visão ampla e geral sobre os aspectos ligados ao universo canavieiro. É um profundo conhecer dessa cultura, como também do agronegócio. Apesar de não ter raízes ancestrais na Paraíba, foi aqui que criou vínculos e fincou raízes, sendo querido, admirado e respeitado por todos com quem ele convive. Ampliou horizontes e fronteiras de suas propriedades tendo a cana como principal cultura de suas atividades”, afirmou o Sr. Oscar.
Ainda sobre o homenageado, ele destacou: “Macaparana se orgulha deste filho e nós também e nos honramos com sua presença e atuação tão significativa em nosso estado, no nosso setor, na nossa associação e hoje estamos reafirmando todo o nosso prazer em participar desta solenidade que muito nos honra e envaidece. Sua retidão, competência e serviços prestados a nossa classe deixarão sua marca e exemplo a todas as gerações futuras seguidoras da prática canavieira”, finalizou ele que também falou sobre a importância da cultura canavieira em seus diversos segmentos e o compromisso da Asplan de atender e preservar os interesses de seus associados.
O deputado João Gonçalves falou em seguida enaltecendo as qualidades e diferencias do presidente da Asplan, José Inácio. “Não é porque José Inácio é meu amigo há mais de 40 anos que propus essa homenagem, isso por si só, não o faria merecedor desta grande honraria”, brincou o parlamentar. “José Inácio é merecedor desta Medalha porque ele é um líder respeitado, um cidadão de referência, um ser humano correto, um acervo vivo do agronegócio paraibano, um empresário de sucesso que emprega muita gente, já deixou sua marca na Secretaria de Agricultura como secretário-executivo e tem relevantes serviços prestados à Paraíba em mais de 40 anos que mora aqui”, destacou o parlamentar que entregou a Medalha junto com a esposa do homenageado Ana Izabel de Oliveira Araújo.
O Deputado Estadual do Rio Grande do Norte, Hermano Morais, primo do homenageado também se pronunciou. “Estou trazendo aqui meu abraço fraterno ao meu primo que está recebendo a maior comenda da Assembleia da Paraíba e, em nome de nossa família, quero agradecer essa homenagem que também se estende a Asplan pelos seus 65 anos de existência e bons serviços prestados ao desenvolvimento da Paraíba. Estamos muito orgulhosos deste reconhecimento”, disse o parlamentar, que também agradeceu o apoio que a Asplan deu para a revitalização da Associação de Plantadores de Cana do Rio Grande do Norte.
O deputado Wallber Virgulino que prestigiou a sessão também se pronunciou destacando a importância da Asplan. “Essa é uma entidade que gera empregos e comemorar os 65 anos de atividades desta associação muito me alegra porque sempre estive do lado de quem produz”, enfatizou o parlamentar que pediu para subscrever a propositura do deputado Tovar.
O secretário de Agricultura do Estado, Rafael Lopes de Oliveira, que representou o governador João Azevêdo na solenidade, também falou e destacou a representatividade da Asplan no cenário econômico da Paraíba. “É um entidade que tem um peso significativo no desenvolvimento da Paraíba e na balança comercial do estado”, disse ele que, na ocasião, assinou o Certificado de Registro da Cooperativa dos Associados da Asplan – Coasplan.
A deputada Pollyana Dutra, o superintendente do INCRA, Kleber de Oliveira, o dirigente da Faepa, Mário Borba, o diretor da Giasa, Bruno Tavares de Mello, que representou as indústrias sucroenergéticas e Jorge Coelho da Famup, além do ex-senador Efraim Morais, completaram a composição da mesa de autoridades da Sessão Especial, mas, não fizeram discursos. A solenidade, que contou ainda com a presença do consultor da Unida, Gregório Maranhão, de diretores, associados e funcionários da entidade foi encerrada com uma bela apresentação do artista, músico e repentista Oliveira de Panelas, que cantou em versos, rimas e prosas os diferenciais da Asplan e do homenageado.
Discurso do presidente da Asplan
José Inácio de Morais falou durante 25 minutos, se emocionou ao falar dos pais, se empolgou ao falar de política, relembrou a trajetória e feitos da entidade que preside pela terceira vez, citando nominalmente seus antecessores, falou de sua origem na cidade de Macaparana (PE) e de sua história na Paraíba, fez uma declaração de amor em público para a esposa Ana, seus filhos e netos, e disse que a Medalha que recebia era partilhada com todos que integram a Asplan e o setor produtivo.
“Nasci em Macaparana, terra que me orgulha, de grandes políticos, vários governadores, e tive a sorte de nascer em uma família tendo meu pai agricultor e minha mãe professora e vim para a Paraíba e a Paraíba mudou o meu destino mesmo. Eu poderia ter ficado por lá, provavelmente, seria político, mas, o destino quis que eu viesse estudar em Areia e fazer o que eu mais gosto que é plantar cana e viver da agricultura. E aqui eu tive a felicidade de fincar minhas raízes, mas, tive também a sabedoria de voltar para Macaparana e trazer a moça mais bonita de lá, minha esposa Ana. Constitui minha família, que me honra demais, meus filhos e netos e virei presidente desta Associação”, disse ele.
O homenageado lembrou fatos destes 65 anos da Asplan. “São mais de seis décadas e isso não é fácil de conquistar. Aqui, nós temos muitos desafios. Mas, faço questão de voltar no tempo, lembrando que a associação foi criada pelo IAA, numa época de transição e se não fosse a Associação a classe média da agricultura quase toda tinha perdido as suas terras, com uma reforma agrária ao contrário. Com as regras do IAA fez com que o pequeno produtor pudesse continuar plantando sua cana e vendendo às usinas. O tempo passou e passamos por vários governos e em 1975 tivemos o Proálcool. Do início de nossa história até os dias atuais, enfrentamos várias crises, mas, sobrevivemos a todas elas. Chegamos a década de 90 e o presidente Fernando Henrique quase privatiza nosso banco de fomento, o Banco do Brasil, hoje temos outros bancos nos financiando e junto do agro, porque somos nós que carregamos esse país nas costas, embora sejamos tão criticados, mas, somos nós que produzimos riquezas”, reiterou ele.
Fez duras críticas ao que denominou ‘pseudoambientalistas’. “Eles não produzem nada e ainda fazem denúncias infundadas como a que denunciou que a água de João Pessoa estava contaminada. Tivemos que entrar numa cota e contratar um estudo, junto com outras empresas, para averiguar essa questão num custo de R$ 600 mil e depois de uma exaustiva pesquisa constaram que os produtores rurais não tinham relação com a poluição. Nós produtores produzimos com responsabilidade e não devemos nada a ninguém. Estamos fazendo o dever de casa e temos que nos orgulhar disso”, disse José Inácio que também se queixou da violência no campo.
“Como produtores nos preocupamos na questão da segurança, do meio ambiente, com a questão financeira, com os trabalhadores e a Asplan nos ajuda nisso tudo. Essa Associação sempre teve a sorte de contar com o trabalho de grandes homens, desde o primeiro presidente até os dias atuais. Eu quero agradecer a todos aqui, dizer da honra de ser presidente desta Casa, aos prefeitos que estão aqui que sabem da importância da cana para seus municípios A cana-de-açúcar gera emprego e renda no campo e onde não há cultivo há desemprego. Essa medalha muito me honra e divido ela com todos vocês aqui, especialmente, para todos que integram a Asplan”, afirmou ele, encerrando seu discurso com uma frase sempre pronunciada pelo presidente Jair Bolsonaro: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!”.
FOTOS: Walmar Pessoa, Washington Luis e Eliane Sobral
Ação Coletiva da Asplan proposta contra o Banco do Brasil ganha importante vitória em decisão da Justiça de Primeiro Grau
Posted onOs produtores canavieiros que integram a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) tiveram uma importante vitória na Justiça em relação a uma Ação Coletiva contra o Banco do Brasil, referente a restituição de diferenças debitadas a maior na época do Plano Collor Rural. Em sentença de Primeiro Grau ficou determinado que a instituição financeira terá que apresentar, individualmente, os cálculos dos produtores referentes a essa diferença que foi debita a maior, ou seja, acima dos índices normais de correção da inflação à época e que terá que ser devolvido com as devidas correções. A expectativa é que até meados de julho os prazos de apresentação dos cálculos do BB se esgotem.
“Essa ação coletiva é uma importante vitória para os associados da Asplan e condena o Banco do Brasil a apresentar, individualmente, esses cálculos. A sentença que nos foi favorável obriga a instituição bancária a apresentar o cálculo em juízo e, a partir destes cálculos, dar-se-á início ao cumprimento de sentença”, explica o advogado Jeferson da Rocha. “Se até julho o BB não apresentar os cálculos ou não ganhar do juiz um prazo adicional, a situação do banco tende a se agravar, até com a fixação de multa diária”, explica Dr. Jeferson.
Segundo ele, a Asplan optou, nesta ação, por ir pelo caminho mais conservador possível, que foi o da ação coletiva. “Nós não apresentamos cálculos, mas, pedimos que a inversão deste ônus da prova fosse respeitada, assim como já decidiu o STJ, e o juiz de primeiro grau em João Pessoa acolheu a pretensão da ação”, reitera Dr. Jeferson.
Os próximos passos agora, segundo o advogado, é aguardar esses cálculos e cobrar celeridade do Banco do Brasil. “Eles têm prazo, mesmo que a decisão ainda caiba recursos”, explica Dr. Jeferson, reiterando que mesmo que a sentença tenha sido dada em caráter cautelar, os recursos que, eventualmente, forem interpostos não têm caráter suspensivo. “Na prática, o BB vai ter que apresentar esses cálculos e nós vamos ficar em cima para que isso aconteça o mais rápido possível e o produtor receba com brevidade o que tem direito nesta ação do Plano Collor Rural”, destaca o advogado.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, comemorou o andamento positivo da ação. “Nós estamos pleiteando o direito de receber de volta o que pagamos a mais, indevidamente, e isso está sendo levado em consideração, tanto que a Justiça está reconhecendo o nosso direito de sermos ressarcidos e a notícia chega num momento oportuno e mais ainda quando a Asplan comemora 65 anos de atividades ininterruptas. Essa notícia é mais um motivo de celebração”, afirmou José Inácio.


ALPB fará Sessão Especial para homenagear a Asplan pelos 65 anos e presidente da entidade com a entrega da Medalha de Epitácio Pessoa
Posted onALPB fará Sessão Especial na Asplan
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizará, no próximo dia 08 de junho, uma Sessão Especial com dupla finalidade. Além de homenagear a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) pelos seus 65 anos de atividades ininterruptas, a ALPB também vai fazer a entrega da mais alta honraria da Casa – a Medalha de Epitácio Pessoa – ao presidente da entidade, José Inácio de Morais. As solenidades propostas pelos deputados Tovar Correia Lima e João Gonçalves, respectivamente, acontecerão no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, no Centro, em João Pessoa, a partir das 14h30.
Para o mesmo dia
A aprovação do Projeto de Resolução 391/22 que concede a medalha de Epitácio Pessoa – ao presidente da Asplan, de autoria do deputado João Gonçalves, aconteceu na sessão legislativa do dia 27 de abril último e estava aguardando agenda da Casa e do agraciado para ser marcada. Com a aprovação do Requerimento de Tovar para realização da Sessão Comemorativa dos 65 anos da entidade, ambas as homenagens foram marcadas para o mesmo dia.
Perfil do homenageado
“José Inácio de Morais, dirigente canavieiro, produtor rural, engenheiro agrônomo e empresário, tem fortes e antigos vínculos com a Paraíba, gera emprego em diversas propriedades e é um líder muito respeitado no segmento canavieiro e também já foi secretário executivo da Agricultura no governo Cássio Cunha Lima, portanto, tem relevantes serviços prestados à Paraíba e merece essa distinção”, argumenta João Gonçalves.
Orgulho para todos nós
“Comemorar os 65 anos de atividades de uma entidade forte, representativa e importante, que contribui para o progresso e desenvolvimento da Paraíba, através da geração de empregos e renda e que também representa uma das culturas mais importantes para o Nordeste e para nosso Estado é motivo de muito orgulho para todos nós”, destaca Tovar, que foi o autor do Requerimento 361/2022. O deputado lembra que a Associação tem uma área de atuação que envolve mais de trinta municípios do Litoral, Agreste e Brejo paraibano e um histórico de lutas e ações que contribuíram para o respeito e consolidação da classe produtiva canavieira paraibana, nos cenários local, regional e nacional.
Dupla felicidade
“Fico lisonjeado com tal homenagem e recebo essa honraria com muito orgulho, alegria e satisfação e agora, ainda mais, porque no mesmo dia em que eu serei homenageado, a Asplan, que é a entidade maior de todos nós produtores canavieiros paraibanos, também terá festejado seus 65 anos de atividades, de forma que a ALPB proporcionará um momento de muita alegria para todos nós”, disse José Inácio.
Sobre o homenageado
José Inácio é pernambucano da cidade de Macaparana, mas, desde muito jovem mora na Paraíba tendo, inclusive, estudado Agronomia, no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. Está no terceiro mandado como presidente da Asplan (2000 a 2005, de 2017 a 2020 e o atual, de 2020 a 2023). José Inácio é também presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar (Unida).
Sobre a Asplan
A Associação representa os micros, pequenos, médios e grandes produtores de cana da Paraíba e é formada, atualmente, por cerca de 1.800 associados. Além de estar presente no campo, em municípios do litoral e brejo paraibano, e na Estação de Camaratuba, onde são produzidos insumos biológicos, a entidade tem forte atuação na capital paraibana, onde fica sua sede, através de várias ações, com públicos interno e externo, incluindo a participação em atividades de responsabilidade social e proteção ao meio ambiente.



ALPB fará Sessão Especial para homenagear a Asplan pelos 65 anos e presidente da entidade com a entrega da Medalha de Epitácio Pessoa
Posted onA Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizará, no próximo dia 08 de junho, uma Sessão Especial com dupla finalidade. Além de homenagear a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) pelos seus 65 anos de atividades ininterruptas, a ALPB também vai fazer a entrega da mais alta honraria da Casa – a Medalha de Epitácio Pessoa – ao presidente da entidade, José Inácio de Morais. As solenidades propostas pelos deputados Tovar Correia Lima e João Gonçalves, respectivamente, acontecerão no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, no Centro, em João Pessoa, a partir das 14h30.
A aprovação do Projeto de Resolução 391/22 que concede a medalha de Epitácio Pessoa – ao presidente da Asplan, de autoria do deputado João Gonçalves, aconteceu na sessão legislativa do dia 27 de abril último e estava aguardando agenda da Casa e do agraciado para ser marcada. Com a aprovação do Requerimento de Tovar para realização da Sessão Comemorativa dos 65 anos da entidade, ambas as homenagens foram marcadas para o mesmo dia.
“José Inácio de Morais, dirigente canavieiro, produtor rural, engenheiro agrônomo e empresário, tem fortes e antigos vínculos com a Paraíba, gera emprego em diversas propriedades e é um líder muito respeitado no segmento canavieiro e também já foi secretário executivo da Agricultura no governo Cássio Cunha Lima, portanto, tem relevantes serviços prestados à Paraíba e merece essa distinção”, argumenta João Gonçalves.
“Comemorar os 65 anos de atividades de uma entidade forte, representativa e importante, que contribui para o progresso e desenvolvimento da Paraíba, através da geração de empregos e renda e que também representa uma das culturas mais importantes para o Nordeste e para nosso Estado é motivo de muito orgulho para todos nós”, destaca Tovar, que foi o autor do Requerimento 361/2022. O deputado lembra que a Associação tem uma área de atuação que envolve mais de trinta municípios do Litoral, Agreste e Brejo paraibano e um histórico de lutas e ações que contribuíram para o respeito e consolidação da classe produtiva canavieira paraibana, nos cenários local, regional e nacional.
“Fico lisonjeado com tal homenagem e recebo essa honraria com muito orgulho, alegria e satisfação e agora, ainda mais, porque no mesmo dia em que eu serei homenageado, a Asplan, que é a entidade maior de todos nós produtores canavieiros paraibanos, também terá festejado seus 65 anos de atividades, de forma que a ALPB proporcionará um momento de muita alegria para todos nós”, disse José Inácio.
Sobre o homenageado
José Inácio é pernambucano da cidade de Macaparana, mas, desde muito jovem mora na Paraíba tendo, inclusive, estudado Agronomia, no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. Está no terceiro mandado como presidente da Asplan (2000 a 2005, de 2017 a 2020 e o atual, de 2020 a 2023). José Inácio é também presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar (Unida).
Sobre a Asplan
A Associação representa os micros, pequenos, médios e grandes produtores de cana da Paraíba e é formada, atualmente, por cerca de 1.800 associados. Além de estar presente no campo, em municípios do litoral e brejo paraibano, e na Estação de Camaratuba, onde são produzidos insumos biológicos, a entidade tem forte atuação na capital paraibana, onde fica sua sede, através de várias ações, com públicos interno e externo, incluindo a participação em atividades de responsabilidade social e proteção ao meio ambiente.



O planejamento patrimonial e sucessório não é apenas importante para as famílias, mas, para toda a sociedade afirma José Inácio
Posted onNo Brasil, segundo dados do último censo do IBGE, 90% das empresas nacionais são familiares, respondem por 65% do PIB nacional e empregam 75% da força de trabalho no país. Com esses dados, não é difícil mensurar o impacto que essas empresas têm na economia do Brasil e a importância do planejamento sucessório na continuidade destas empresas e do equilíbrio das próprias famílias. Mas, não é somente no mundo jurídico que o planejamento prévio desta transmissão de patrimônio é importante. “Tanto para as empresas, quanto na questão familiar, o planejamento sucessório é fundamental e uma providência necessária para evitar problemas futuros e isso tem impactos não apenas no seio familiar, nas empresas, mas, na própria sociedade”, destaca o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.
O dirigente canavieiro, que já começou a planejar a sua sucessão patrimonial, foi um dos que assistiu, na manhã desta quarta-feira (25), uma palestra sobre Planejamento Sucessório e Patrimonial, realizada na sede da Asplan, em João Pessoa. Coube ao advogado Hugo Vilar, da MVS Advocacia, fazer a explanação sobre as etapas e peculiaridades do mundo jurídico que envolvem esse planejamento. Ele explicou, por exemplo, que esse processo não se dá em uma única etapa, nem tão pouco tem uma fórmula única. “Cada caso é um caso, porque há sutilezas que precisam ser levadas em consideração quando se vai fazer esse tipo de planejamento, mas, impreterivelmente, quem se planeja e se organiza neste aspecto evita problemas futuros e na maior parte dos casos até economiza para regularizar tudo”, afirmou o advogado que abordou diversos aspectos dos principais instrumentos aplicáveis no planejamento sucessório, a exemplo, do testamento, seguro de vida, doação, partilha, previdência, fundo imobiliário, holding, etc.
Segundo Hugo, o ideal é fazer um planejamento sucessório que aumente a eficiência na transmissão do patrimônio de alguém após o seu falecimento, mas, para quem ainda não deseja atingir esse nível de excelência, pelo menos, deveria fazer um testamento. “Além de poder ser alterado a qualquer tempo, o testamento expõe qual o caminho desejado para direcionar o patrimônio. É uma peça importante, um documento dos mais solenes e respeitados dentro do ordenamento jurídico pátrio, pois estabelece o último desejo de quem deixa herança”, reitera Hugo.
Para José Inácio, falar em planejamento, não significa admitir que a morte está próxima, mas, ter um olhar adiante numa questão fundamental e necessária. “A gente precisa mudar essa cultura que falar de testamento, herança, seja algo ruim. A gente se planeja para tanta coisa, para uma viagem, para ter um filho, para comprar algo, por que não também pensar em como deixar nosso patrimônio, afinal, a única coisa que a gente tem certeza é que um dia vamos morrer, é a lei natural da vida, então, se você tem condição de expressar em vida seu desejo, que o faça, isso evita até muitas brigas futuras, pois há muitas histórias de famílias que se destruíram por briga por herança. Um simples testamento evitaria muitas brigas e desavenças”, destacou José Inácio.
O vice-diretor administrativo da Asplan, Carlos Heim, também avalia como natural e salutar elaborar o processo sucessório e patrimonial em vida. “Costumo dizer que tenho um pequeno mundo, mas, mesmo sem um grande patrimônio, eu já começo a pensar neste planejamento, principalmente, focado no exemplo de meu pai que deixou para mim e minhas irmãs recursos em previdência privada, que é algo fácil e rápido de receber após a morte do titular do patrimônio, e também passível de ser direcionado pela vontade do titular do bem”, disse ele que, de uma certa forma, já tomou medidas neste sentido também. “Antes, todos os carros da família eram em meu nome, de um tempo para cá, cada veículo está no nome de seu próprio dono. Isso já é uma forma de ir organizando as coisas”, reitera ele, que também pensa em determinar um gestor de seu espólio. “Planejamento nunca fez mal a ninguém, muito menos nessa questão da sucessão patrimonial”, reforça ele.
A palestra de hoje foi a segunda realizada na Asplan com o mesmo objetivo. “É bem verdade que o brasileiro pouco pensa em testamento, mas, esse assunto é importante, pois pode evitar problemas sucessórios e é, justamente, com esse propósito que a gente vem realizando esses encontros para debater essa questão para melhor orientar nossos associados”, finaliza José Inácio. A primeira palestra, também com o advogado Hugo Vilar, aconteceu há dois meses.